Investidores estrangeiros seguem deixando Bolsa brasileira em 2025

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Investidores internacionais seguem retirando capital do mercado acionário brasileiro, uma tendência crescente impulsionada por uma série de fatores negativos que afetam as perspectivas para os ativos locais. De acordo com informações do Info Money “estrangeiros retiraram cerca de R$ 3 bilhões da bolsa nas três primeiras sessões do ano”.

Esse movimento se soma aos R$ 32,1 bilhões retirados no ano passado, o maior volume desde 2020, quando a pandemia abalou os mercados.



O desempenho das ações brasileiras tem ficado aquém do registrado pelos principais mercados globais em 2024, com o real desvalorizando-se 21% frente ao dólar, enquanto o índice Ibovespa teve uma queda superior a 10%.

Esse desempenho negativo resultou na perda de mais de R$ 1,77 trilhão em valor de mercado do índice. “As preocupações em torno do crescente déficit orçamentário do país, que se acelerou em novembro quando um pacote fiscal muito aguardado pelo mercado decepcionou os investidores, afetaram as expectativas de inflação”, apontou a reportagem.



Essa instabilidade fiscal levou o Banco Central a aumentar as taxas de juros, uma medida que, segundo analistas, “forçou o Banco Central a subir as taxas de juros.”

A expectativa é de que a Selic continue subindo, podendo atingir 15% ao ano até o final de 2025, o que tende a reduzir ainda mais o apelo das ações brasileiras. Apesar da queda nos preços dos papéis, que atingiram seus níveis mais baixos em quase duas décadas em comparação com o benchmark de mercados emergentes, os riscos fiscais continuam a pesar.



Instituições financeiras renomadas, como Morgan Stanley, JPMorgan e HSBC, revisaram suas projeções para o mercado brasileiro, rebaixando as ações devido à deterioração das condições fiscais.

O HSBC, em um comunicado recente, descreveu o Brasil como enfrentando um “ambiente tóxico”, com altas taxas de juros, uma moeda desvalorizada e perspectivas de crescimento mais lentas. O banco ainda classificou o país como uma “armadilha de valor clássica”, apontando os desafios econômicos para o futuro próximo.



O cenário reflete uma crescente cautela dos investidores estrangeiros, que, temerosos com os riscos fiscais e o impacto das políticas econômicas internas, têm evitado o mercado brasileiro em busca de alternativas mais seguras. E mais: Em editorial, Estadão alerta para “represamento” de preços da Petrobras. Clique AQUI para ver. (Fonte: Info Money)

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