Nem sempre os grandes centros urbanos oferecem as melhores condições para viver. Em muitos casos, são as pequenas cidades, com estilo de vida mais tranquilo e políticas públicas bem direcionadas, que se destacam quando o assunto é qualidade de vida.
E foi justamente o que revelou o mais recente levantamento do Índice de Progresso Social (IPS), divulgado nesta quinta-feira (29), ao analisar todos os 5.570 municípios brasileiros.
Gavião Peixoto (SP), a cidade que aparece no topo da lista pelo segundo ano consecutivo, alcançou uma nota de 73,6 em uma escala que vai de 0 a 100. O índice avalia 57 aspectos sociais e ambientais, divididos em três áreas principais: necessidades humanas básicas, fundamentos do bem-estar e oportunidades.
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Apesar dos avanços pontuais em algumas regiões, o estudo alerta que os desafios para proporcionar condições dignas à população brasileira ainda são profundos — e desigualmente distribuídos. Prova disso é que 14 dos 20 municípios mais bem avaliados estão concentrados no interior de São Paulo.
Na sequência da líder do ranking aparecem Gabriel Monteiro (SP) e Jundiaí (SP). Apenas três capitais figuram entre as 20 primeiras: Curitiba (PR), Brasília (DF) e Campo Grande (MS). Também aparecem na lista cidades como Presidente Lucena (RS), Luzerna (SC) e Nova Lima (MG).
Segundo os responsáveis pelo levantamento, embora as capitais geralmente tenham melhor desempenho, essa lógica se inverte em São Paulo e em partes do Sul e Centro-Oeste, onde municípios menores têm se sobressaído. Já no Norte do país, especialmente na Amazônia Legal, as pontuações são as mais baixas. Entre os piores colocados estão Uiramutã (RR), Jacareacanga (PA), Amajari (RR), Bannach (PA) e Alto Alegre (RR).
O IPS Brasil é fruto de uma colaboração entre o Imazon, Fundação Avina, Amazônia 2030, Anattá, Centro de Empreendedorismo da Amazônia e Social Progress Imperative. A edição deste ano trouxe cinco novos critérios de análise: consumo de ultraprocessados, tempo de resposta a benefícios previdenciários, processos familiares, vulnerabilidade social e situação de rua.
A campeã do ranking, com pouco menos de 5 mil habitantes, tem origem em um assentamento rural e guarda traços históricos de uma colônia de russos que chegaram ao Brasil fugindo da Revolução de 1917.
Atualmente, a cidade é influenciada pela presença da Embraer, instalada ali desde 2001, e se destaca pela boa infraestrutura em áreas como saúde, educação e lazer, com destaque para atividades em praças e parques.
Localizada entre dois polos universitários e tecnológicos do estado, é considerada um modelo de gestão voltada ao bem-estar coletivo. E mais: Geraldo Alckmin é internado em Brasília após passar mal. Clique AQUI para ver. (Foto: reprodução redes sociais; Fonte: Estadão)
Os 20 municípios com as melhores pontuações no Índice IPS do Brasil
GAVIÃO PEIXOTO (SP)
GABRIEL MONTEIRO (SP)
JUNDIAÍ (SP)
ÁGUAS DE SÃO PEDRO (SP)
CÂNDIDO RODRIGUES (SP)
PRESIDENTE LUCENA (RS)
LUZERNA (SC)
POMPÉIA (SP)
NOVA LIMA (MG)
ITUPEVA (SP)
CURITIBA (PR)
ARARAQUARA (SP)
CAMPO GRANDE (MS)
BARRA BONITA (SP)
RIBEIRÃO PRETO (SP)
JAGUARIUNA (SP)
ADAMANTINA (SP)
VOTUPORANGA (SP)
BRASÍLIA (DF)
LOUVEIRA (SP)
Os 20 municípios com as piores pontuações no Índice IPS do Brasil
UIRAMUTÃ (RR)
JACARECANGA (PA)
AMAJARI (RR)
BANNACH (PA)
ALTO ALEGRE (RR)
TRAIRÃO (PA)
PACAJÁ (PA)
PORTEL (PA)
SÃO FÉLIX DO XINGU (PA)
ANAPU (PA)
CUMARU DO NORTE (PA)
JAPORÃ (MS)
URUARÁ (PA)
SANTA ROSA DO PURUS (AC)
FEIJÓ (AC)
SANTANA DO ARAGUAIA (PA)
SÃO JOÃO DO ARAGUAIA (PA)
MARAJÁ DO SENA (MA)
PERITORÓ (MA)
SANTA MARIA DAS BARREIRAS (PA)
