No lugar de imposto, Haddad anuncia ‘Digital Tax’ e diz que sites estrangeiros ‘não repassarão custos’

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A história da cobrança de imposto sobre compras de até 50 dólares entre pessoas físicas em sites estrangeiros ganhou mais um capítulo ontem (21). E o autor da ‘nova história’ é o Ministro da Fazenda, Fernando Haddad.

Depois do governo anunciar, por meio de um secretário da Receita Federal, que a cobrança seria instituída pelo governo federal; depois da esposa de Lula alegar que ‘era só para empresas’ e a história não colar; depois do governo desistir ‘a pedido de Lula’; ontem Haddad fez um novo anúnci, após reunião com representantes de varejistas chinesas.

Segundo ele, o governo não cobrará os 60% de imposto sobre as compras até hoje isentas de até 50 dólares (física-física), mas passará a recolher a ‘Digital Tax’. Ele, entretanto, não foi questionado pelos repórteres com os quais conversava sobre as condições da medida. Não há até agora informação, por exemplo, da tarifa aplicada em cada compra.

Além disso, o chefe da economia brasileira também garantiu (nas redes sociais) que esses e-commerces estrangeiros (em especial, os sites chineses) não irão repassar os custos ao consumidor, sem explicar por que e como isso seria possível. Assista abaixo!

Após a entrevista de Haddad, a varejista de moda chinesa Shein anunciou uma parceria com 2 mil fabricantes locais para fortalecer a indústria brasileira. Com isso, a empresa garante que irá ajudar a criar 100 mil postos de trabalho no Brasil em três anos. Também serão investidos 750 milhões de reais para fornecer tecnologia e treinamento aos produtores têxteis no país.

Apesar da boa notícia para os trabalhadores, a informação desperta desconfiança, uma vez que a Shein, por exemplo, em mais de uma década como varejista internacional, tem apenas 10 mil funcionários no mundo inteiro. Ou seja, ela teria de multiplicar por dez sua folha de pagamento só para o Brasil.

Críticas
O economista liberal Hélio Beltrão, presidente do Instituto Mises e comentarista da CNN ironizou Haddad. “Ou foi enganado ou não tem condições de ser Ministro da Fazenda”.

Segundo ele, a margem de lucro de varejistas como a SHein e a Shoppe, que ganham na quantidade vendida, é apertadíssima ,e as lojas online não teriam condições de não repassar os custos da ‘digital Tax’ aos consumidores. Assista abaixo!

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