A estratégia da diplomacia brasileira do governo Lula diante do conflito entre Israel e a Hamas quer evitar que prejudicar o resgate de cidadãos de outros países e futuras negociações de paz.
É o que informa a colunista Malu Gaspar, do jornal O Globo, nesta quarta-feira (11). Assim, de acordo com a jornalista, o Brasil optou por postergar qualquer discussão sobre possíveis condenações ao grupo terrorista Hamas ou a imposição de sanções à Palestina.
O objetivo principal é impedir que um “impasse” atrapalhe as operações de resgate e futuros esforços em prol de um acordo de paz na região.
“Por ora, não há nenhuma intenção de tocar em um tema sobre o qual o conselho e o governo brasileiro são frequentemente cobrados – a inclusão do Hamas na lista de grupos considerados terroristas pela ONU. Hoje essa lista inclui o Estado Islâmico, o Boko Haram e a al-Qaeda, entre outras organizações”, explica a colunista.
O Brasil, atualmente presidindo o Conselho de Segurança da ONU, tem a responsabilidade de coordenar a resposta do Conselho à escalada do conflito.
Este órgão, composto por cinco membros permanentes (Estados Unidos, Rússia, China, Reino Unido e França) e dez membros temporários, ainda não realizou uma reunião oficial para deliberar sobre as medidas a serem tomadas em relação à guerra em curso.
Até o momento, apenas uma reunião de emergência ocorreu no domingo, convocada pelo Brasil, na qual um enviado especial das Nações Unidas para o Oriente Médio apresentou um relatório da situação na região naquele momento.
Ainda de acordo com Malu Gaspar, enquanto aguarda a realização de uma reunião formal, o Brasil está empenhado em seguir uma estratégia com dois objetivos principais. O primeiro é buscar um cessar-fogo que permita a evacuação das pessoas das áreas em conflito.
Depois é fazer com que o conselho consiga um acordo para libertar os reféns que estão em poder do Hamas, apesar de não haver garantias de que essas pessoas já não tenham sido assassinadas pela organização.
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