Lula (PT) informou a seus aliados que a presidente de seu partido, a deputada Gleisi Hoffmann (PR), será nomeada para um ministério na reforma ministerial que começará na próxima semana, após a eleição para os comandos da Câmara e do Senado. A informação foi divulgada pela Folha de S.Paulo.
Ela deve assumir a posição de ministra da Secretaria-Geral da Presidência, um cargo que tem seu escritório no Palácio do Planalto e cujas responsabilidades incluem a articulação com os ‘movimentos sociais’.
Lula se reuniu com Gleisi em duas ocasiões na semana passada. Durante uma dessas conversas, ele mencionou que seu nome estava sendo considerado para o ministério. Segundo a Folha, Gleisi respondeu que o presidente “não convida”, mas “manda”.
Se confirmada a nomeação, Gleisi se juntará ao núcleo central do governo Lula, participando de decisões importantes ao lado do secretário de Comunicação, Sidônio Palmeira, e do ministro da Casa Civil, Rui Costa (PT). Em uma das discussões com Lula, ela destacou seu histórico de críticas nas redes sociais à política do ministro da Fazenda, Fernando Haddad (PT).
No Palácio do Planalto, ela fortaleceria o grupo que se opõe às políticas de austeridade fiscal, chamadas de “austericídio” em um documento do PT. Seu nome também foi cogitado para o Ministério do Desenvolvimento Social.
A estratégia de Lula para fortalecer seu governo na “cozinha” do poder inclui a possível substituição do ministro das Relações Institucionais, Alexandre Padilha (PT), o que implicaria na saída da ministra da Saúde, Nísia Trindade, para ser substituída por Padilha.
Durante as conversas, Lula também avisou Gleisi que a reforma começaria pelo PT. Além da saída de Paulo Pimenta da Secom, o partido perderá pelo menos mais uma pasta: a das Mulheres. Pela expectativa geral, Cida Gonçalves seria substituída pela atual ministra da Ciência e Tecnologia, Luciana Santos, do PC do B. E mais: BC eleva Selic, em primeira decisão tomada por maioria indicada por Lula. Clique AQUI para ver. (Foto: Ag. Câmara; Fonte: Folha de SP)