Nos EUA, cidade comandada por Democratas recorre a cães-de-guarda para evitar furtos

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Em Nova York, nos Estados Unidos, o furto em lojas se tornou tão comum que um dos distritos comerciais mais movimentados da Big Apple está recorrendo ao “melhor amigo do homem” para farejar ladrões. A reportagem é do jornal New York Post.

A 34th Street Partnership – o grupo comercial que atende o bairro que inclui a Macy’s Herald Square, a Penn Station e o Madison Square Garden – está tentando reduzir o crime contratando uma empresa que fornece unidades K-9 (cães da raça Pastor).

A novidade foi lançada este mês no CVS na Eighth Avenue com a West 34th Street, no coração do distrito que tem sido atormentado por roubos. “Tivemos muitas reclamações. Muitos furtos em lojas ocorrem em drogarias”, disse Kevin Ward, vice-presidente de segurança da 34th Street Partnership. “Estamos tentando resolver o problema.”

O programa – que o grupo comercial diz custar na casa dos “cinco dígitos mensais” – foi um investimento necessário em meio a uma enxurrada de reclamações de furtos em lojas e fiscalização negligente vinculada às leis de crimes brandos do estado, de acordo com Ward.

“Decidimos colocar uma ‘barreira’ (contra os furtos) muito visível”, disse Ward, um policial aposentado do NYPD, referindo-se aos cães ficarem ‘visíveis’ a quem passa ou entra nas lojas.

Como parte da iniciativa, a Stapleton Security Services – uma empresa liderada por um veterano aposentado da Unidade de Serviço de Emergência do NYPD – oferece três ‘unidades K-9’ acompanhadas por tutores postadas no vestuário da loja e do lado de fora, trabalhando em turnos.

Os cães de combate ao crime incluem Drako, um pastor tchecoslovaco; Emirs, um belga Malinois, e Del, um pastor alemão primário. Os cães usam ‘colete’ e placas com informações como “Não faça carinho” durante o trabalho e “Segurança”.

Quando se trata de prisões, no entanto, os K-9s ‘latem mais do que mordem’, pois não se envolvem em perseguições. Mas a parceria diz que o programa ainda tem força – observando que houve sucesso em frustrar ladrões simplesmente por ter cães e guardas estacionados no vestíbulo e fora do CVS. “É eficaz até agora”, disse Ward. “Tivemos algumas pessoas já conhecidas como ladrões de lojas que viram o cachorro e saíram sem roubar nada.”

Balanço
Os relatórios iniciais durante cinco dias, de 15 a 19 de fevereiro, mostram que a unidade K-9 evitou pelo menos 25 roubos e dissuadiu outros, de acordo com o grupo comercial, que forneceu os seguintes exemplos:

– Em 15 de fevereiro: um morador de rua tentou deixar a loja com itens não pagos pela manhã. Ele largou a mercadoria e fugiu após ser abordado pelo segurança e o K-9.
– Em 16 de fevereiro: Dois ladrões em série conhecidos da área entraram no vestuário da loja – mas saíram sem entrar depois de ver o K-9 e o guarda.
– Em 17 de fevereiro: Um homem tentou sair da loja sem pagar por duas caixas de Tums e três garrafas de suco naquela manhã. O gerente alertou o guarda e K-9, e o ladrão devolveu os itens ao ser abordado.
– Em 19 de fevereiro: um sem-teto tentou roubar uma caixa de suco de laranja junto com um recipiente de salada de frutas, mas devolveu a mercadoria depois que a administração alertou o K-9 e a segurança, que o confrontaram.

Crimes disparam
Os ‘roubos violentos’ no varejo mais do que dobraram – com policiais registrando 219 roubos que começaram como furtos em lojas em 2022, contra apenas 95 no ano anterior, de acordo com os dados da polícia. Já o roubo comum no varejo aumentou para mais de 63.000 reclamações no ano passado – um salto de 45% em relação ao ano anterior.

 

 

Trabalhadores do varejo da cidade de Nova York disseram ao The New York Post que estão fartos dos ladrões ‘descarados’ que atacam suas lojas e estão com medo de intervir. Um segurança de 30 anos de uma loja da Nike em Manhattan disse ao veículo que pelo menos uma pessoa por dia tenta fugir com algumas mercadorias. “Pelo menos quatro dias por semana alguém sai com mercadorias roubadas”.

Louis Weissbart, dono da loja de suprimentos para festas Modern State, disse que sua loja é atacada diariamente por ladrões. “Eles não estão roubando comida ou outros itens essenciais de mim”, disse ele. “Eu não vendo itens essenciais, são coisas discricionárias. Eles roubam brinquedos como loucos. Estão roubando para ganhar dinheiro.

“Os últimos anos foram tão ruins quanto a era [do prefeito David] Dinkins”, ele se irritou. “As coisas pioraram com [o prefeito Bill] de Blasio e não está melhorando.” O prefeito citado pelo entrevistado é o mesmo que criticou a presença do ex-presidente Jair Bolsonaro em 2021 na cidade.

Um caixa de um Food Emporium disse que eles são roubados pelo menos seis vezes por dia. “E esses são apenas os que vemos”, disse Virginia Ribiara. A caixa de 57 anos descreveu ladrões que se tornaram cada vez mais descarados ao longo dos anos. “Temos os profissionais que trazem sua própria sacola, enchem e saem pela porta”, disse Ribiara, acrescentando: “Você tem os outros que não ligam, pegam o que for e vão embora”.

São comuns vídeos nas redes sociais mostrando ‘furtadores’ entrando e saindo das lojas com mercadorias sem o menor constrangimento. Assista!

 

Motivo
A disparada dos furtos na Califórnia teia uma explicação. Segundo o portal do jornal ‘Gazeta Brazilian News, com quase 30 anos de circulação e feito para a comunidade brasileira na Flórida, a questão toda é por uma mudança na Lei.

“Na Califórnia, furtos em lojas e pequenos roubos são classificados como contravenções se o valor da propriedade roubada for de US$ 950 ou menos. Há penalidade, mas como as prisões estão lotadas, os criminosos não ficam detidos”, resume o portal de notícias.

A política, Proposição 47 do estado, promulgada como uma forma de reduzir a aglomeração de presídios durante a pandemia de COVID-19, permaneceu em vigor no condado de Los Angeles, mesmo quando a ordem de fiança zero de emergência em todo o estado da Califórnia expirou em 2020.

“Os eleitores aprovaram a política por referendo em 2014. Com isso, os crimes de roubo e furto em lojas são classificados como contravenções em vez de crimes se o valor da propriedade roubada não exceder US$ 950”.

A instituição americana “Hoover Institution” também culpa a alteração na Lei pela onda de furtos: “Por que o furto em lojas é tão desenfreado? Porque a lei estadual afirma que roubar mercadorias no valor de $ 950 ou menos é apenas uma contravenção, o que significa que a polícia provavelmente não se preocupará em investigar e, se o fizerem, os promotores deixarão passar”.

Por que os funcionários da loja não fazem nada a respeito desse roubo? “Porque eles não querem correr o risco. Duvido que muitos o fariam, sabendo que um funcionário da Rite Aid foi assassinado recentemente depois de tentar deter dois ladrões. Além disso, um confronto dentro da loja corre o risco de prejudicar não apenas os funcionários da loja, mas também os clientes, de modo que os funcionários quase certamente são instruídos por seus gerentes a não fazerem nada”, relata a ONG.


Fontes: The New York Post; Fox News; Gazeta Brazilian News; Hoover Institution
Fotos: reprodução NY Post; Pixa Bay

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