Rio de Janeiro – O Clube de Regatas do Flamengo entrou com uma queixa-crime por crime contra a honra, especificamente calúnia e difamação, contra 11 profissionais do UOL e o engenheiro José Augusto Bezerra. As informações são do próprio portal UOL.
A ação judicial foi movida devido à matéria intitulada “Engenheiro acusa: Flamengo adulterou cena do incêndio”, publicada em 6 de março de 2023. Vale ressaltar que o processo não inclui o UOL como instituição, mas sim os profissionais envolvidos individualmente.
No processo, além do autor da matéria, Léo Burlá, e do engenheiro José Augusto, responsável pelas afirmações que embasaram a reportagem, foram citados Alexandre Araújo, Igor Siqueira, Bruna Sanches, René Cardillo, Márcio L. Castro, Lucas Lima, Bruno Doro, Diego Assis, Leonardo Rodrigues e Pedro Lopes, todos eles envolvidos na edição do material.
Para o Flamengo, o processo tem o objetivo de contestar as informações fornecidas pelo engenheiro José Augusto, que alegou adulteração de cena do incêndio ocorrido no Ninho do Urubu em 2019. O clube questiona a veracidade das acusações e afirma que a matéria veiculada pelo UOL trouxe danos à sua reputação.
Em resposta à ação, Luis Francisco Carvalho Filho, advogado do UOL, afirmou: “Este processo mostra como o futebol brasileiro não tem compromisso com a transparência. É uma tentativa bisonha de intimidação”. O advogado reforçou a posição do veículo de imprensa em relação à ‘liberdade de expressão’ e à divulgação de informações de interesse público.
No dia 23 de março, o Flamengo proibiu a equipe de reportagem do UOL de acompanhar um treino no Ninho do Urubu. Porém, o mesmo treino foi aberto para outros jornalistas, levantando questionamentos do veículo sobre a postura adotada pelo clube em relação à liberdade de imprensa e ao tratamento dado a diferentes meios de comunicação.
O UOL tentou entrar em contato com o clube para obter esclarecimentos sobre a proibição, porém, as tentativas foram infrutíferas. A equipe de reportagem enfrentou dificuldades para acessar o Ninho do Urubu, sendo impedida de cobrir cinco treinos abertos até que uma liminar judicial fosse concedida, garantindo seu acesso.
Desde então, não foram agendados quaisquer trabalhos jornalísticos com acesso da imprensa às dependências do Ninho do Urubu.