O ex-diretor-geral da PRF (Polícia Rodoviária Federal), Silvinei Vasques, completa oito meses de prisão e enfrenta uma série de derrotas no gabinete de Alexandre de Moraes, do STF (Supremo Tribunal Federal).
Preso desde agosto de 2023, Vasques teve dois pedidos de soltura negados pelo ministro. No último dia 17, a defesa de Vasques apresentou uma nova petição para sua liberação, argumentando que a prisão por tempo indefinido é ilegal.
As negativas no Supremo estão relacionadas a um inquérito sigiloso que investiga Silvinei e outros membros do governo Jair Bolsonaro (PL) por suposta ‘interferência’ nas eleições de 2022. A principal linha de investigação é de que Vasques teria utilizado a estrutura da PRF para realizar blitz no segundo turno das eleições, com foco em estados do Nordeste, onde Lula (PT) teve mais votos que Bolsonaro.
Na nova petição pela soltura de Vasques, a defesa argumenta que não há sentido em mantê-lo preso para evitar que ele influencie as testemunhas. Os advogados chegam a comparar a situação de Vasques com a de Bolsonaro, também investigado.
“Se o argumento fosse válido, a Polícia Federal teria pedido a prisão do ex-presidente da República pelo mesmo fundamento. Isso porque se o requerente poderia influenciar no ânimo de alguma testemunha, mesmo sendo pobre e um mero servidor público aposentado, com muito mais razão poderia o ex-presidente.”
Silvinei Vasques enfrentou um período de depressão na Papuda após sua prisão. Ele perdeu mais de dez quilos e, com doença celíaca, passou a ter problemas de saúde que o levaram a ser transferido para um setor do presídio mais próximo de consultórios médicos e de psicologia. E mais: Governo Lula quer usar DPVAT para bancar emendas vetadas. Clique AQUI para ver. (Foto: Agência Senado; Fonte: UOL)