O governo Joe Biden enviou à Guiana chefes do Comando Sul das Forças Armadas para planejar a defesa do país. Isso ocorreu no começo da semana passada, dias antes da Venezuela realizar um referendo para legitimar a anexação de mais de dois terços do território da Guiana, na região do rio Essequibo. A informação é da Revista Veja
O país de Nicolás Maduro realizou ontem (3/12) a consulta popular. E, como Lula (PT) disse, o resultado não foi outro se não o que já esperava Maduro. Clique AQUI para ver a ‘previsão’ do petista. O resultado foi quase 100% de aprovação para a intenção do presidente venezuelano. Uma das cinco questões recebeu 98% dos votos favoráveis. Clique AQUI para ler a reportagem sobre a eleição.
Tropas venezuelanas foram mobilizadas para a fronteira com a Guiana e iniciaram a construção de uma base aérea, mas parte retornou a Caracas no último fim de semana., talvez já por conta da decisão dos EUA.
Na terça-feira (28/11), o governo americano fez um apelo diplomático à Venezuela, mas não indicou quais seriam as consequências de uma negativa. A embaixadora dos EUA na Guiana, Nicole Theriot, confirmou: “Apoiamos a soberania territorial da Guiana e pedimos à Venezuela que fizesse o mesmo.” O repórter Denis Chabrol, do portal Demerara Waves, perguntou-lhe o que aconteceria se a Venezuela se negasse. A embaixadora retrucou, lacônica: “Cruzaremos essa ponte quando chegar o momento.”
O governo da Guiana não chegou a declarar explicitamente que os EUA estavam de prontidão para fornecer apoio militar à Guiana, mas disse repetidamente que funcionários do Departamento de Defesa dos EUA visitariam o país a por todo o mês de dezembro.
Segundo reportagem da Veja, o Reino Unido também estaria disposto a apoiar os Estados Unidos na defesa da Guiana. Aliás, no século 18, a então administração holandesa da Guiana transferiu parte de suas colônias para a administração inglesa em um acordo para se proteger de uma possível intervenção francesa.
Em 1814, as colônias Essequiba, Demerara e Berbice foram transferidas de forma oficial para a Inglaterra por meio do tratado Anglo-Holandês. O território passou a se chamar Guiana Inglesa em 1931. O país declarou sua independência em 1966, mas continuou integrando a Comunidade Britânica –grupo de ex-colônias britânicas.
A Guiana, localizada na região nordeste da América do Sul, é um país com uma população estimada em cerca de 800 mil habitantes, conforme dados recentes. Apesar de ser um país de dimensões modestas, a Guiana possui uma diversidade étnica significativa, composta principalmente por grupos étnicos como os indo-guianenses, afro-guianenses, ameríndios e outros.
Nada a temer
O presidente da Guiana, Irfaan Ali, disse para a população não deve temer o resultado do referendo realizado na Venezuela que busca anexar 74% do território do país. Ele defendeu que tem apoio internacional e pediu para que os venezuelanos mostrem “maturidade e “responsabilidade” para não fazer parte de um “sistema que viola o direito internacional”.
O chefe do Executivo do país declarou que a Guiana está em posição de forte defesa com apoio de vários países, como Estados Unidos, Canadá e França. Afirmou que a 1ª linha de defesa é a diplomacia e que trabalha para que as fronteiras fiquem “intactas”.
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