A preferência dos consumidores paulistas por imóveis usados segue dominante, segundo dados da startup Compre & Alugue Agora. Conforme a pesquisa, esses imóveis representam 85% das buscas, enquanto as unidades novas atraem apenas 7,15% dos interessados.
A pesquisa, batizada de INDI CAA, foi conduzida com mais de 200 imobiliárias espalhadas pela capital e interior de São Paulo, ouvindo corretores e especialistas do ramo. O estudo também revela que os imóveis de perfil popular lideram a procura, respondendo por 39% das buscas. Em seguida, aparecem os de padrão médio (29%), comerciais (25%) e, por último, os de alto padrão, com apenas 2,95%.
Entre os fatores que influenciam a decisão de compra ou aluguel, o valor do condomínio se destaca. Para 78% dos profissionais consultados, esse custo é altamente relevante para os clientes. Outros 14% acreditam que o peso varia conforme o caso, e apenas 7% veem pouca influência desse item nas decisões.
O levantamento também aponta os principais entraves enfrentados no setor. Para 42% dos entrevistados, há um excesso de imóveis disponíveis, o que dificulta o fechamento de negócios. Já 28% consideram que os preços estão desalinhados com a realidade do mercado. Outros obstáculos citados foram as dificuldades em obter financiamento (14%) e as elevadas taxas de juros (14%).
Apesar das adversidades, o financiamento bancário ainda é o meio mais utilizado para fechar negócios, estando presente em 75% das transações. As compras à vista representam os outros 25%.
Outro destaque do estudo é a predominância da locação nas operações atuais. De acordo com a pesquisa, 85,7% dos negócios realizados são de aluguel, enquanto apenas 15,3% envolvem compra de imóveis — reflexo, segundo os especialistas, do crédito caro e da dificuldade de financiamento.
Fábio Gozzi, fundador da Compre & Alugue Agora, comenta que o cenário atual impõe desafios ao setor. “O aluguel segue forte, e a preferência por imóveis populares e usados reforça a busca por opções mais acessíveis”, afirmou. E mais: Voepass anuncia demissão em massa após crise financeira e suspensão de voos. Clique AQUI para ver. (Foto: PixaBay; Fonte: Valor Investe)