Conforme o Metrópoles, uma disputa judicial acirrada coloca frente a frente uma mulher que ganhou R$ 103 milhões na Mega-Sena e seu ex-marido. De acordo com a reportagem da coluna de Tacio Lorran, ela alega ter conquistado o prêmio milionário sozinha, ainda no período de noivado, e que a separação ocorreu nove meses depois devido a “grosserias” do ex-companheiro.
Por outro lado, o ex-marido contesta, afirmando que já mantinham uma união estável antes do sorteio da Mega-Sena e que ela agiu de maneira “sorrateira” ao retirar o prêmio de uma suposta conta conjunta, conforme o veículo.
Em dezembro de 2023, a Justiça determinou o bloqueio de parte do prêmio, e o caso continua em andamento. Segundo o colunista Tacio Lorran, o casal começou a namorar em abril de 2020 e noivou em agosto do mesmo ano. Ela era dona de uma barraca, enquanto ele trabalhava como motorista de kombi, ambos na Região Metropolitana de Recife.
No dia 7 de outubro de 2020, a sorte sorriu para eles no concurso 2306 da Mega-Sena, com os números 03, 19, 28, 33, 57 e 58 premiando a aposta única de uma lotérica em Abreu e Lima, Pernambuco, totalizando R$ 103.029.826,38.
A mulher descreveu o prêmio como “um milagre”. Assim, vinte e dois dias depois, em 29 de outubro, eles se casaram. O matrimônio, no entanto, durou apenas nove meses, culminando em um divórcio com separação total de bens.
Conforme relatado pelo Metrópoles, após a separação, a mulher ficou com o prêmio, doando R$ 10 milhões ao ex-marido, R$ 1 milhão para cada filho dele e mudando-se em seguida. Em depoimento obtido pelo veículo, ela explicou a separação: “Eu decidi pelo simples fato de que ele era uma pessoa muito grossa, não me tratava bem. Ele não tinha modos.”
Cerca de um ano depois, o ex-marido entrou com ação judicial para obter R$ 66 milhões, metade do prêmio, além de indenizações por danos morais e materiais.
“Agindo de má-fé, sendo maquiavélica e sorrateira com relação aos valores do casal, de forma que logo após transferir todo o dinheiro do casal, de forma cruel, imediatamente pediu a separação, queria o divórcio, deixando o requerido sem nenhum meio de sobreviver”, escreveu a defesa dele, segundo o Metrópoles.
O homem alega, conforme o veículo, que ambos viviam em união estável e, portanto, ele teria direito à metade do prêmio. A mulher, no entanto, nega essa intimidade antes do casamento, afirmando em depoimento que “não teve nenhum contato” com ele antes do matrimônio.
Ele também mencionou a existência de uma conta conjunta, mas documentos da Caixa Econômica Federal anexados ao processo indicam que era uma conta individual.
O processo foi iniciado um ano após o fim do relacionamento, pois, segundo a defesa do motorista, ele temia o “poderio econômico” dela. Um ano mais tarde, em dezembro de 2023, houve um pedido cautelar para o bloqueio de bens, resultando na retenção de 50% dos bens dela, equivalente a R$ 66 milhões, embora apenas R$ 22,5 milhões tenham sido encontrados em diferentes contas. Uma decisão posterior liberou 10% desse valor bloqueado.
Nos documentos do processo, conforme o Metrópoles, constam doações feitas pela mulher ao ex-marido, que agora trabalha com investimentos, e aos filhos dele, além de valores entre R$ 100 mil e R$ 120 mil distribuídos entre amigas. E mais: O argumento de Moraes para vetar, novamente, ida de Bolsonaro à posse de Trump. Clique AQUI para ver. (Foto: EBC; Fonte: Metrópoles)