O presidente dos Estados Unidos, Joe Biden, disse a repórteres, em um evento de doadores do Partido Democrata, na sexta-feira (10), que possui armas em sua residência. Entretanto, para ele, a Segunda Emenda americana “não é absoluta”, em uma referência à Lei que permite ao cidadão americano possuir armas de fogo. Na visão do presidente, ela não significa a liberação total do armamento.
Biden disse ao público que, “embora possua duas espingardas”, ele não acredita que a Segunda Emenda abranja todas as formas de armas de fogo. Além disso, Biden disse aos doadores no evento de angariação de fundos que a ideia de funcionários armados em escolas era “severamente equivocada”. Ele apontou o rigor do treinamento militar como prova de que não é fácil “abater alguém”. Nos Estados Unidos, após os recentes atentados em escolas, iniciou-se um debate sobre a possibilidade de armar funcionários e até professores em escolas como uma possibilidade de garantir mais proteção nesses locais.
“A maneira de lidar com a segurança das armas é fornecer armas aos professores nas salas de aula?” disse Biden. “Há uma razão pela qual os militares demoram tanto para treinar alguém. Não é fácil pegar um rifle ou uma arma e estourar a cabeça de alguém.”
Em um discurso à nação após o tiroteio em Uvalde na semana passada, que envolveu um rifle AR-15, Biden pediu o restabelecimento da proibição federal de “armas de assalto” que foi aprovada em 1994 e expirou em 2004. Esse tipo de armamento significa qualquer rifle de fogo seletivo que utilize um calibre médio e um carregador descartável. Biden não especificou se suas espingardas seriam ou não de “assalto”.
Em 2015, quando era vice-presidente, Biden pediu aos americanos que querem proteger suas casas a comprar uma espingarda, não uma AR-15. “Você não precisa de um AR-15. É mais difícil de mirar, é mais difícil de usar e, de fato, você não precisa de 30 tiros para se proteger”, disse Biden à época.
