Em um vídeo divulgado nas redes sociais, a deputada federal Carol de Toni (PL-SC) fez uma denúncia acerca das práticas do Banco do Brasil sob a gestão de Lula, alegando que a instituição tem promovido um boicote e interrompido o financiamento a clubes de tiro.
A parlamentar compartilhou que começou a receber relatos de proprietários desses clubes, e em seguida soube, pela imprensa, que o banco público optou por não mais financiar a indústria bélica.
Segundo Carol, essa decisão não se limitou apenas à indústria bélica, mas também foi estendida aos estandes destinados à prática de tiro, gerando preocupações quanto à saúde financeira desses negócios diante do boicote. Assista abaixo!
Desde a semana passada estamos recebendo denúncias de que o Banco do Brasil restringiu e está cortando o relacionamento de crédito com proprietários de Clubes de Tiro Esportivo e de lojas que eventualmente tenham em seu contrato social comércio de arma de fogo e munições. pic.twitter.com/7hkb8y1ZfF
— Carol De Toni (@CarolDeToni) January 30, 2024
Segundo uma reportagem da Folha de S.Paulo, o Banco do Brasil emitiu um comunicado às empresas de defesa informando que, a partir de agora, não utilizará mais capital próprio para realizar negócios com elas. A responsabilidade de destinar recursos para, por exemplo, garantir exportações passará a ser do governo.
Com essa nova política, o BB se alinha aos demais bancos privados que, por questões de governança, optam por não realizar negócios com empresas que fabricam produtos destinados à guerra, como armas, equipamentos ou veículos. O governo foi surpreendido por essa decisão, e agora está sendo avaliada a possibilidade de ampliação do Proex (Programa de Financiamento às Exportações) para auxiliar o setor, que representa atualmente 4% do PIB.
O ministro da Defesa, José Mucio Monteiro, revelou que já teve uma reunião com a presidente do Banco do Brasil, Tarciana Medeiros. Segundo a assessoria do ministério, durante o encontro, Medeiros sugeriu uma possível ampliação do Proex.
Por meio desse programa, é viável obter não apenas financiamento, mas também garantias exigidas pelos compradores no exterior. Empresas do setor destacam que o Banco do Brasil era o único que ainda negociava garantias nas exportações, enquanto nem mesmo a Caixa Econômica Federal oferecia esse tipo de produto.