Globo demite apresentadora do Jornal Nacional

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Na noite desta quarta-feira (5), a Globo mandou mais uma ‘estrela’ do seu jornalismo embora. Giuliana Morrone, a plantonista do Jornal Nacional, foi demitida da empresa após 24 anos de casa.

Em nota à imprensa, a Globo justificou que os rompimentos de contratos estão acontecendo por conta de uma ‘disciplina de custos’ e investimentos em iniciativas importantes de crescimento.

Desde 2021 ela comandava o bloco político do Jornal Nacional e substituía William Bonner e Renata Vasconcelos na folga dos titulares, geralmente aos sábados.

Nas redes sociais, Morrone diz que as pessoas podem “esperar novos desafios, aprendizados, novas experiências, sempre buscando respostas, sempre buscando a verdade e com paixão.”. Veja ao fim da reportagem.

Críticas a Alexandre Garcia
Em 2020, um áudio vazado de Giulina Morrone revelou duras críticas da agora recém-demitida contra o jornalista Alexandre Garcia, que havia deixado a empresa. Na ocasião, ela conversava com Gérson Camarotti, da Globo News.

“Que que é isso… A ‘montoeira’ de dinheiro que esse homem recebeu da Globo, microfone dourado, festinha, foi diretor daqui a vida inteira, e aí sai cagando regra. Ele que fez isso aqui! Ele era diretor por anos. Eu sou revoltada, sabia?”, disparou Giuliana. “Ah, não. É chato mesmo. Muito chato”, concordou Camarotti. “P#rra! Eu fico pensando assim, se não tá gagá, entendeu? Só pode ser. Tipo a Regina Duarte, né?”, comparou a jornalista, referindo-se à atriz que abriu mão de um contrato com a Globo para assumir um cargo no governo, mas ficou poucas semanas na função.

Em outro trecho do áudio, surpreende o que diz Morrone: “Mas ele sempre foi péssimo com isso de dinheiro, sabia? Essas coisinhas que eu faço aí, ele pede muito pouco. A gente ia fazer coisas juntos e eu ficava besta com o tão pouco que ele pedia. Topava qualquer coisa, tipo mestre de cerimônia de vidraçaria. Não sei se ele melhorou… R$ 5.000”.

Onda de demissões
Na terça e quarta-feira a Globo realizou uma série de demissões em seu jornalismo. Segundo relatos da imprensa especializada, a saída de tantos profissionais chegou a impactar nos trabalhos do dia.

Além de Giuliana Morrone, também foram desligados ontem (5) da emissora César Galvão e Fabio Turci, repórteres de São Paulo, e Fábio William, ex-repórter do Jornal Nacional e âncora do DF1. Os motivos apontados também foram os ‘altos salários’ dos jornalistas.

Cria do Profissão Repórter, de Caco Barcellos, a repórter Thaís Itaqui foi uma das dispensadas em uma onda que vai perdurar todo o expediente. tinha 16 anos na Globo. Foi da primeira geração do Profissão Repórter, que estreou como quadro do Fantástico em 2006 e virou programa solo a partir de 2008. Desde 2013, ela atuava em um núcleo de reportagens mais profundas da GloboNews.

Também foram desligados Márcia Corrêa, editora-chefe do Bom Dia São Paulo, apresentado por Rodrigo Bocardi. Ela estava no cargo desde 2008 e tinha 33 anos de emissora. Emilene Silva, editora do Jornal Hoje, também foi desligada.

O maior corte aconteceu no G1, o site de notícias da Globo. Foram desligados os jornalistas Sávio Ladeira, Edmundo Silva, Olivia Henriques e Marta Cavallini. Na capital federal, a primeira demitida foi Lúcia Carneiro, editora da GloboNews, o canal de notícias na TV por assinatura. Logo em seguida, foi a vez de Márcia Witczak, editora local e apresentadora da agenda cultural no DF1, ser demitida. O experiente editor Celso Fontão, que atuou na GloboNews e no Jornal da Globo nos últimos anos, também foi chamado para ser desligado. No início da tarde, deixou a casa a jornalista Anna Karina Bernardoni, chefe de programas e supervisora-executiva de projetos especiais.

Primeiro dia
Um dia antes, no primeiro dia do corte em massa, a Globo demitiu ao menos 11 funcionários do departamento de jornalismo da emissora. Os jornalistas Marcelo Canellas, Eduardo Tchao, Flávia Jannuzzi, Luciana Osório e Mônica Sanches foram alguns dos jornalistas dispensados. As informações são do portal UOL e do site Notícias da TV.

Em seu perfil do Instagram, o repórter Eduardo Tchao, que trabalhava há 37 anos na emissora, comentou a respeito da sua trajetória na empresa e disse que entende os cortes da companhia. “Quer economizar. O que fazer? Me emocionei com algumas ligações de amigos da Redação […]. Mas a vida segue”, declarou o jornalista.

A lista dos profissionais desligados pela emissora inclui: Marcelo Canellas – repórter do Fantástico; Eduardo Tchao – repórter no Rio de Janeiro; Flávia Jannuzzi – repórter no Rio de Janeiro; Luciana Osório –repórter no Rio de Janeiro; Mônica Sanches – repórter no Rio de Janeiro; Jorge Espírito Santo – diretor do Fantástico; Arthur Guimarães – produtor do Núcleo Investigativo; Marcos Serra Lima – fotógrafo do G1 Rio; Alba Valéria Mendonça – repórter do G1 Rio; Rodrigo Melo – operador de mídia; Elza Gimenez – apuradora no Rio de Janeiro. E veja também: Lula vai relançar ‘raspadinha’ e quer R$ 5 bilhões. Clique AQUI para ver.

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