Eleições na França: comemoração da esquerda tem vandalismo, corre-corre e polícia

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Os partidos políticos franceses agora enfrentam a difícil tarefa de formar um governo no domingo, depois que o segundo turno das eleições resultou em um parlamento sem maioria , com uma aliança de esquerda inesperadamente assumindo o primeiro lugar, à frente da direita liderada por Marine Le Pen.

Os resultados, baseados nas projeções dos pesquisadores, foram um revés para o partido nacionalista Rally Nacional (RN), de Le Pen, que as pesquisas de opinião previam que seria o grande vencedor, mas que ficou apenas em terceiro lugar.

 

 

Elas também foram ruins, até certo ponto, para o presidente centrista Emmanuel Macron, que convocou a votação depois que sua chapa foi derrotada nas eleições para o Parlamento Europeu no mês passado.

A eleição deixará o parlamento dividido em três grandes grupos: a esquerda, os centristas e a direita, com plataformas muito diferentes e nenhuma tradição de trabalho em conjunto.

As legislativas nacionais na França são pelo distrital puro: só é eleito para o Parlamento quem obtém maioria de votos no seu distrito. O país é dividido em 577 distritos eleitorais.

Amanhã
O primeiro-ministro francês, Gabriel Attal, disse neste domingo que entregará sua renúncia ao presidente Emmanuel Macron na manhã de segunda-feira, acrescentando que desempenhará suas funções enquanto for necessário.

Attal fez os comentários depois que a coalizão de esquerda francesa Nova Frente Popular conquistou a maioria das cadeiras no segundo turno das eleições parlamentares

O que vem a seguir é incerto
A esquerda, que quer controlar os preços de bens essenciais como combustível e alimentos, aumentar o salário mínimo para 1.600 euros líquidos por mês, aumentar os salários dos funcionários do setor público e impor um imposto sobre a riqueza, disse imediatamente que queria governar.

“A vontade do povo deve ser rigorosamente respeitada… o presidente deve convidar a Nova Frente Popular para governar”, disse o líder de extrema esquerda Jean-Luc Mélenchon .

Mas a estranha aliança da Nova Frente Popular (NFP), montada às pressas antes da votação, está longe de uma maioria absoluta.

O euro caiu no domingo após o anúncio das projeções de votação. “Realmente haverá um vácuo no que diz respeito à capacidade legislativa da França”, disse Simon Harvey, chefe de análise de câmbio da Monex Europe à agência Reuters.

Mais cedo ou mais tarde
Marine Le Pen, líder do RN (Reagrupamento Nacional), afirmou neste domingo (7.jul.2024), que a vitória da direita na França “está só adiada”. A declaração foi feita depois do fim do 2º turno das eleições para a Assembleia Nacional francesa e das projeções de vitória da esquerda na Casa Baixa do Parlamento. “A maré está subindo. Não subiu o suficiente desta vez, mas continua a subir, e por isso nossa vitória está só adiada”, declarou Le Pen.

Jordan Bardella, que também lidera o RN, era o mais cotado para o cargo de primeiro-ministro em uma eventual vitória do partido na Assembleia Nacional. O pupilo de Le Pen admitiu a derrota e disse que “extrema-esquerda incendiária não vai levar o país a canto nenhum” e criticou as “alianças não naturais” entre o campo presidencial e a esquerda, que, segundo ele, levaram à derrota do seu partido.

Comemoração e polícia
As primeiras projeções que apontaram a liderança da NFP (Nova Frente Popular), de esquerda, nas eleições para a Assembleia Nacional já levaram apoiadores a comemorar nas ruas da França neste domingo (7).

Imagens divulgadas pelas redes sociais mostram milhares de pessoas reunidas na sede do partido Francia Insumisa –que faz parte da coalização de esquerda– próximo à Praça da Batalha de Stalingrado, em Paris, que assistem ao resultado.

Já no início da noite, houve registro pela agência ‘CL Press’ de confusão na Place de la République, em Paris, com necessidade de atuação da polícia. Nas imagens é possível ver fogos e uma multidão correndo dos agentes. Veja a seguir! (Foto: reprodução vídeo; Gráfico: Le Monde; Fontes: Reuters; Poder360)

 

 

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