As recentes viagens de Luiz Inácio Lula da Silva (PT) à Rússia e à China envolveram uma comitiva de pelo menos 120 pessoas, entre ministros, parlamentares, assessores e servidores técnicos. A lista inclui figuras como o presidente do Senado, Davi Alcolumbre (União-AP), o presidente do Banco Central, Gabriel Galípolo, além de representantes da Casa Civil, Secom e outras pastas do governo.
Segundo dados levantados pela Folha de S.Paulo a partir de informações do Diário Oficial da União e portais de transparência, só a Secretaria de Comunicação da Presidência enviou 27 integrantes para a missão internacional. A Casa Civil, por sua vez, deslocou 19 funcionários.
A viagem teve início em 6 de maio, com destino a Moscou, onde Lula participou de um evento pelos 80 anos do Dia da Vitória.
Depois da passagem pela Rússia, a comitiva seguiu para Pequim, onde Lula chegou no dia 11 e teve encontros com o líder chinês Xi Jinping. No Diário Oficial de quinta-feira (15), foram publicados os nomes de 26 pessoas que integraram a comitiva em solo chinês. Entre eles, Janja, o 2º vice-presidente da Câmara, Elmar Nascimento (União-BA), 11 ministros e o diretor-geral da Polícia Federal, Andrei Rodrigues.
Também participaram da viagem a presidente do Banco do Brasil, Tarciana Medeiros, e diversas outras autoridades. Parte dos profissionais da EBC (Empresa Brasil de Comunicação), técnicos de som e imagem, seguranças e especialistas em tecnologia embarcaram dias antes para preparar a estrutura das visitas.
De acordo com o portal Siga Brasil, até agora foram registrados R$ 122 mil em diárias pagas a oito integrantes da viagem. Contudo, os dados ainda são parciais.
Ao menos quatro autorizações de deslocamento foram publicadas sem indicar os nomes dos servidores envolvidos. O Palácio do Planalto informou que nomes de integrantes das equipes de segurança e saúde permanecem sob sigilo.
Em nota, a Secom justificou: “As comitivas Técnica e de Apoio são compostas por servidores que atuam em áreas-meio para viabilização dos eventos, tais como agentes de segurança, saúde e pessoal de apoio. Como tais informações podem colocar a segurança do presidente ou do vice-presidente em risco, os dados são classificados no grau de sigilo reservado pelo Gabinete de Segurança Institucional, nos termos do art. 25, inciso VIII, do Decreto nº 7.724/2012”.
Ainda segundo a Secretaria, o Ministério das Relações Exteriores será responsável pelas principais despesas da viagem, enquanto a Presidência bancará apenas custos residuais como taxas de aeroporto, telefonia no exterior e alguns bilhetes aéreos de servidores.
Os valores finais só serão divulgados após a prestação oficial de contas. E mais: PL avalia transferir domicílio eleitoral de Nikolas Ferreira para São Paulo. Clique AQUI para ver. (Foto: Palácio do Planalto; Fonte: Folha de SP)