O deputado federal Alexandre Leite (União-SP) enfrentou um assalto no final da tarde deste sábado (16), na Avenida Interlagos, Zona Sul de São Paulo, resultando na morte de um dos suspeitos. O parlamentar, filho do presidente da Câmara de Vereadores de São Paulo, Milton Leite (União-SP), estava acompanhado por sua esposa no momento do incidente.
De acordo com o boletim de ocorrência obtido pelo Estadão, Leite estava em seu carro quando dois homens em uma motocicleta se aproximaram para realizar o assalto. O deputado percebeu que estava sendo seguido e viu o garupa sacar uma arma pelo retrovisor do veículo. A motocicleta se aproximou, o garupa desembarcou, e Leite, que possui porte de arma (segundo informações de seu pai), reagiu, sacando sua própria arma de fogo.
Ao perceber que o parlamentar estava armado, o assaltante efetuou dois disparos e fugiu. O deputado revidou, realizando três disparos, resultando na morte do motorista da motocicleta no local. O segundo suspeito, após continuar a correr e atirar contra o parlamentar, tentou roubar outra motocicleta, mas fugiu a pé.
O carro de Leite foi atingido por dois disparos, no retrovisor e na porta, ambos do lado esquerdo do veículo. Após o incidente, o deputado retornou ao local da tentativa de assalto e acionou a polícia. O motorista da segunda motocicleta, que também foi alvo da tentativa de roubo, aguardou a chegada dos policiais junto ao parlamentar.
O vereador Milton Leite, pai do deputado, relatou ao Estadão que Alexandre e sua esposa estão bem, embora abalados. Ele destacou que seu filho possui porte de arma e lamentou a ocorrência, ponderando sobre a situação da família do suspeito falecido às vésperas do Natal. “Eu, que estou em casa, estou abalado, imagine ele? A gente não queria que isso acontecesse. Como fica a família desse bandido agora, na véspera do Natal?”. O caso está sendo investigado pelo 80º Distrito Policial, na Vila Joaniza.
Perfil
O deputado Alexandre Leite (União Brasil-SP) está em seu terceiro mandato consecutivo na Câmara dos Deputados. Ele foi reeleito em 2022 com 192,8 mil votos e é defensor da pauta armamentista.
Em 2019, durante o governo Jair Bolsonaro (PL), relatou um projeto na Câmara que pretendia ampliar o acesso dos cidadãos às armas de fogo, com diminuição da idade mínima de posse para 21 anos, entre outros elementos de flexibilização para caçadores, atiradores e colecionadores (CACs).
Neste ano, se posicionou contrário ao decreto de armas proposto pelo governo Lula e chegou a colher assinaturas para aprovar urgência de projeto que sustaria a proposta do presidente que restringiu o acesso a armas de fogo no País.
Ele também foi relator do processo que cassou o mandato da ex-deputado Flordelis. Na votação mais recente, na última sexta-feira (15), sobre a reforma tributária, votou ‘SIM’ ao projeto nos dois turnos.
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