Os cinco polícias que mataram o serial killer Lázaro, de Goiás, durante uma perseguição policial, serão agora investigados pelo Ministério Público de Goiás. A informação foi divulgada com exclusividade pelo portal de notícias Correio Brasiliense, neste sábado (24).
A caçada a Lázaro Barbosa de Sousa, 32 anos, que assassinou uma família em Ceilândia Norte, terminou em 28 de junho de 2021, após 20 dias de buscas. O criminoso morreu baleado durante um confronto com a polícia, em Águas Lindas (GO), município a cerca de 50km de Brasília.
Segundo a reportagem, o inquérito policial militar chegou ao Ministério Público de Goiás no início do mês, “após ter sido instaurado, como procedimento de praxe, pela Corregedoria da Polícia Militar de Goiás”.
No parecer da Corregedoria, os militares Edson Luis Souza Melo Rocha, Cleiton Pereira de Paula, Ronyeder Rogis Silva, Arivan Batista Arantes e Joubert Teodoro Alves agiram em legítima defesa. O órgão, então, se manifestou favorável ao arquivamento do caso.
Entretanto, Ministério Púbico do Estado considera que não se trata de crime militar, mas de crime doloso contra a vida. Por isso, no entendimento do MPGO, a corregedoria não poderia arquivar o inquérito, mesmo que haja conclusões que inocentem os militares. Os promotores requereram o reconhecimento da incompetência da Justiça Militar para o julgamento do processo. A juíza de direito Bianca Melo Cintra acolheu o pedido.
Ainda segundo informações do Correio Brasiliense, “o processo será encaminhado à Comarca de Águas Lindas de Goiás, do MPGO, que vai analisar o caso e avaliar se oferecerá denúncia ou não contra os militares”.
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