Relatório da Abin aponta que cartel mexicano de ‘El Chapo’ está de olho no Brasil

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Rumores sobre a possível expansão do cartel mexicano de Sinaloa, liderado pelo notório Joaquín Guzmán Loera, também conhecido como “El Chapo”, para o Brasil têm levantado preocupações nas agências de inteligência. O líder do cartel, condenado à prisão perpétua nos Estados Unidos, estaria buscando estabelecer acordos com o Primeiro Comando da Capital (PCC) no país sul-americano, de acordo com um recente relatório da Agência Brasileira de Inteligência (Abin).

As organizações mexicanas, reconhecidas por sua extrema violência que as coloca entre as mais perigosas do mundo, estariam mirando a expansão de sua influência para países produtores, consumidores e rotas de tráfico de drogas, incluindo o Brasil, como detalha o documento da Abin.

Esse alerta vem à tona em um momento em que os cartéis mexicanos, conhecidos por sua notória força e brutalidade, estão enfrentando um cenário de combate intenso ao crime organizado em seu país de origem, o que tem os levado a buscar novas oportunidades no exterior.

Com uma população de mais de 200 milhões de habitantes, o Brasil se torna um alvo atrativo para esses cartéis, que veem o país como um mercado de consumo em crescimento e uma rota de tráfico de drogas com destino à Europa.

O relatório da Abin destaca dois pontos cruciais para essa possível expansão: a intensificação dos esforços de combate ao crime organizado no México, que levou os cartéis a se concentrarem mais na exportação, e a posição estratégica do Brasil como um espaço significativo tanto para o consumo quanto para o trânsito de drogas.

Além do cartel de Sinaloa, o grupo Jalisco Nueva Generación também demonstrou interesse em estabelecer operações no Brasil. Esse cartel tem sido associado a crimes como extorsão, sequestro, roubo de veículos e tráfico de armas.

O relatório revelado por grandes veículos de imprensa no Brasil hoje (30) detalha que essas organizações mexicanas também se especializaram em serviços de lavagem de dinheiro em paraísos fiscais, oferecendo suporte não apenas a outras facções criminosas, mas também a grupos empresariais.

A embaixada brasileira no México identificou conexões concretas entre os cartéis de Sinaloa e Jalisco Nueva Generación com o PCC.

Essas conexões teriam sido iniciadas por Gilberto Aparecido dos Santos, uma figura de confiança de Marco Willians Camacho, conhecido como “Marcola”, líder histórico do PCC.

Fuminho
Gilberto Aparecido dos Santos, 52, o ‘Fuminho’, foi condenado em outubro do ano passado a 26 anos, 11 meses e 5 dias de prisão em regime fechado pelos crimes de tráfico de drogas, posse e comercialização de armas e também por formação de quadrilha.

Conforme a decisão da Justiça, Fuminho era o dono de 450 kg de cocaína, 8 kg de maconha, 4 fuzis, 3 rifles, duas espingardas, três carabinas, três submetralhadoras, 11 pistolas e uma garrucha, além de carregadores apreendidos no Sítio Sarandi em Juquitiba (SP), em 14 de março de 2013.

As drogas e as armas foram encontradas e apreendidas por homens da Rota (Rondas Ostensivas Tobias de Aguiar), unidade de elite da Polícia Militar. Na ocasião, os militares disseram que chegaram ao sítio após denúncia anônima.

Fuminho também responde a processo no Ceará, sob a acusação de ter coordenado os assassinatos de Rogério Jeremias de Simone, o ‘Gegê do Mangue’, e Fabiano Alves de Souza, o ‘Paca’, mortos a tiros na região metropolitana de Fortaleza.

Ambos eram do alto escalão do PCC e foram acusados de desviar dinheiro da facção criminosa.

Depois da morte de Gegê e Paca, teve início uma das guerras mais sangrentas na organização. Wagner Ferreira da Silva, o Cabelo Duro, acusado de levar as duas vítimas para a morte, foi assassinado uma semana depois do duplo homicídio no Tatuapé, zona leste da capital.


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Fontes: UOL; Metrópoles
Foto: reprodução vídeo

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