O Conselho Administrativo de Defesa Econômica (Cade) decidiu prorrogar até março de 2025 o inquérito que apura um possível monopólio da Globo nas transmissões de futebol no Brasil, conforme reportagem da Folha de SP.
A investigação, iniciada em 2021, ganhou novo prazo devido à necessidade de analisar os depoimentos e documentos já coletados. “Existe robustez em tudo colhido que necessita ser olhado com calma”, afirma o despacho do órgão, de acordo com o veículo.
Desde julho de 2023, o Cade não realiza diligências no caso, mas, na época, encaminhou 34 ofícios para clubes de futebol e para a Warner Bros Discovery. O objetivo era obter detalhes sobre contratos relacionados ao Campeonato Brasileiro entre 2019 e 2024.
O Flamengo e a Warner relataram problemas com a Globo, sendo que a Warner chegou a rescindir um contrato com o Brasileirão alegando “situações ruins” causadas pela emissora.
Entre os clubes que responderam ao Cade, destacam-se São Paulo, Vasco, Vitória (BA) e Cuiabá. O Flamengo, por sua vez, afirmou em documento enviado em agosto de 2023 que sua tentativa de transmitir jogos em seu próprio serviço de streaming, em 2020, foi dificultada pela Globo.
Nos autos do processo, a Globo nega a existência de monopólio, citando a recente pulverização dos direitos de transmissão. A emissora ainda destacou que, a partir de 2025, a Record será responsável pela exibição do Campeonato Brasileiro em um contrato válido por três anos.
Com a extensão do prazo, o Cade terá mais tempo para avaliar os impactos das práticas denunciadas e as respostas da emissora, buscando uma solução para o impasse que envolve a maior competição de futebol do país.
O monopólio é uma situação de mercado em que uma única empresa ou organização detém o controle exclusivo sobre a oferta de um produto ou serviço, sem concorrentes diretos. Isso permite que o monopolista determine preços, condições de venda e acesso ao mercado, muitas vezes sem considerar a competitividade ou os interesses dos consumidores.
Essa concentração de poder pode surgir por fatores naturais, como altos custos iniciais que impedem a entrada de novos competidores, ou por práticas anticompetitivas, como exclusividade contratual ou controle de recursos essenciais. E mais: Giorgia Meloni visita Trump nos EUA em missão estratégica surpresa. Clique AQUI para ver. (Fonte: Folha de SP)