Com menos dividendos, bancos reorientam compra de ações da Petrobras (PETR4)

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A decisão do conselho da Petrobras de não distribuir dividendos extraordinários, conforme esperado pelo mercado, fez com que alguns bancos revisassem suas orientações em relação à compra de papéis da estatal.

Reportagem da Folha de SP destaca que a mudança na política de dividendos reduz a rentabilidade prevista para as ações da Petrobras na Bolsa e aumenta o risco deste investimento a curto prazo, segundo analistas ouvidos pelo jornal.

A mudança no pagamento de dividendos (decidida por Lula; clique AQUI para ver) levou os braços de investimentos de Santander, Bank of America e Bradesco a deixarem de recomendar a compra do papel nesta sexta-feira (8).

De acordo com o Santander, sem a distribuição extraordinária de lucros, a rentabilidade do papel apenas de acordo este fator, medida pelo DY (dividend yield), cai para o mesmo patamar de pares latino-americanos e europeus, a 9%. Em 2023, a companhia teve um DY de 20,3%, e em 2022, de 61,6%, segundo dados da plataforma Meu dividendo.

“Um dos principais pontos positivos da Petrobras era o dividendo, pois não é uma empresa que tem perspectiva de crescimento, diferente de PetroRio e de outras petroleiras menores”, diz Pedro Marcatto, analista da B.Side Investimentos.

“Acreditamos que fundamentos sólidos prevalecerão novamente no futuro, especialmente se a Petrobras prosseguir uma estratégia de transição energética a um ritmo devagar. No entanto, acreditamos que mais clareza sobre a estratégia de curto prazo é necessária para uma visão mais otimista sobre a ação”, escrevem Rodrigo Almeida e Eduardo Muniz, do Santander.

Para o Bank of America, a mudança na política de distribuição de lucro pode indicar uma transformação no foco da companhia, com mais investimento e fusões e aquisições, com foco na sua expansão. Analistas do banco veem a possibilidade, inclusive, do fluxo de investimento estrangeiro em países emergentes poder migrar da Petrobras para as chinesas PetroChina e Sinopec, e para a saudita Aramco.

Para a instituição, a mudança na política de distribuição de lucro pode indicar uma transformação no foco da companhia, com mais investimento e fusões e aquisições, com foco na sua expansão.

“A empresa poderia estar migrando para uma agenda mais focada no crescimento em energias renováveis (gerando maiores investimentos com menores retornos)”, escreveram os analistas responsáveis, indicando que esta manobra demoraria a trazer recursos e que também poderia significar lucros menores do que a petroleira tem hoje com a exploração de águas profundas.

Em seu relatório, o Bradesco BBI diz que, apesar de a direção da companhia dizer que o pagamento de dividendos extraordinários continuar sendo uma possibilidade, a decisão de não distribuí-los agora traz incerteza para a política da companhia, que “costumava ser bem clara”.

Analistas do banco veem a possibilidade, inclusive, do fluxo de investimento estrangeiro em países emergentes poder migrar da Petrobras para as chinesas PetroChina e Sinopec, e para a saudita Aramco.

Por outro lado, Banco do Brasil, também estatal, continua a recomendar o investimento em Petrobras. “Seguimos otimistas”, diz a instituição financeira em comunicado.

Goldman Sachs manteve a recomendação de compra para o papel, com alvo de R$ 44,40 para as ações preferenciais, considerando a possibilidade de que parte da reserva de lucro vire dividendo extraordinário ainda este ano.

O BTG também manteve a compra, pois espera que a companhia deve ter uma geração de caixa maior do que o precificado pelo mercado e que o preço do petróleo se mantenha elevado. E mais: Moraes proíbe Bolsonaro de ir a eventos das Forças Armadas. Clique AQUI para ver. (Foto: EBC; Fonte: Folha de SP)

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