O Comitê de Política Monetária (Copom) do Banco Central elevou, nesta quarta-feira (2), a taxa Selic em 1,50 ponto percentual, chegando 10,75% ao ano. A medida segui a expectativa do mercado financeiro.
Esta é a oitava alta seguida na taxa Selic, na tentativa do BC de controlar a inflação causada pelas medidas isolacionistas de governadores. Com o aumento, é a primeira vez desde 2017 que a taxa Selic está acima dos dois dígitos, sendo o maior valor desde maio do mesmo ano, quando o juro básico era de 11,25%.
Ainda no primeiro ano do governo Bolsonaro, com aprovação da reforma da previdência e expectativa de aprovação de outras importantes medidas, o Banco Central desceu fechou 2019 com taxa anual de 4,5%, após iniciar aquele ano em 6,5%.
No fim de 2020, primeiro ano da pandemia, o Banco Central precisou seguir o caminho da redução, uma vez que a economia havia sido travada por conta do lockdown adotado em todo o país por governadores e prefeitos. Naquela ocasião, subir juros pensando em inflação poderia terminar de destruir a economia do país. Com isso, em dezembro de 2020 a taxa ficou em apenas 2% a.a.
Com a retomada econômica, vem a inflação, e a partir de março de 2021, o Copom inicia a retomada da alta, na tentativa de dificultar o crédito, diminuindo o consumo e reduzir a inflação. A expectativa do mercado é que este ano feche com aumento do IPCA (Índice de Preços ao Consumidor) feche em 5,09%, praticamente metade da inflação de 2021.
Por fim, o Banco Central aponta para uma redução no ritmo dos ajustes já na próxima reunião, que será realizada em março. Clique aqui para ver o histórico da Taxa Selic.
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