Atirador do cinema do shopping Morumbi, em SP, deixa prisão após 25 anos

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Mateus da Costa Meira, que foi condenado por matar três pessoas e ferir outras quatro com uma submetralhadora em um cinema no Morumbi Shopping, em São Paulo, em 1999, deixou a prisão na última semana após 25 anos.

O processo que resultou na sua liberação corre em segredo de Justiça, mas a Folha de SP teve acesso à decisão que determinou sua desinternação. Meira estava cumprindo pena no Hospital de Custódia e Tratamento Psiquiátrico em Salvador, e a decisão foi publicada em 18 de setembro.

O advogado de Meira, Vivaldo Amaral, optou por não comentar o caso ao jornal, nem confirmou a soltura de seu cliente. No entanto, fontes do jornal confirmaram que ele já deixou o hospital.

O crime, que chocou o país, ocorreu durante uma sessão do filme “Clube da Luta”, quando Meira, então um estudante de medicina de 24 anos, sacou uma submetralhadora de uma sacola após ir ao banheiro e disparou contra os demais espectadores. Ele foi dominado por seguranças e levado pela polícia.

Em 2004, Meira foi condenado a 120 anos e seis meses de prisão, pena que foi reduzida para 48 anos e nove meses em 2007. A recente decisão de soltura cita diretrizes da política antimanicomial, ressaltando que a internação deve ser uma medida excepcional. O Hospital de Custódia concluiu que Meira estava apto a voltar ao convívio social, desde que mantivesse ‘tratamento psiquiátrico’ em rede privada.

Sua liberação tem prazo inicial de um ano, com diversas condições impostas, como a continuidade do tratamento em rede privada, bom convívio com amigos, familiares e terceiros, além de recolhimento domiciliar noturno. Ele está proibido de portar armas, consumir álcool, drogas ilícitas ou frequentar bares e festas populares.

Durante sua pena, Meira enfrentou outro incidente em 2009, quando foi acusado de tentar matar seu companheiro de cela na Bahia. Dois anos depois, a Justiça o considerou inimputável devido a um diagnóstico de esquizofrenia.

Em 2019, ele passou por novos exames médicos e psicológicos, que não indicaram comportamento perigoso. O Ministério Público, no entanto, solicitou uma revisão dos resultados à época.

O Tribunal de Justiça da Bahia informou que o processo permanece sob sigilo. E mais: McLaren roxa vendida a Deolane Bezerra é apreendida. Clique AQUI pra ver. (Foto: reprodução vídeo; Fonte: Folha de SP)

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