Arrecadação federal em março é recorde para o mês, mas alta perde fôlego

direitaonline



A arrecadação do governo federal atingiu R$ 190,6 bilhões em março, registrando um aumento real de 7,22% em comparação com o mesmo mês do ano anterior, conforme informado pela Receita Federal nesta terça-feira (23).

O desempenho recorde para o mês, desde o início da série histórica em 1995, foi impulsionado, em parte, pela taxação de fundos exclusivos de investimentos, considerados pelo governo como ‘super-ricos’.

Embora seja o melhor resultado para o mês, houve uma desaceleração em relação a fevereiro, quando a expansão acima da inflação foi de 12,27%.

Claudemir Malaquias, chefe do Centro de Estudos Tributários e Aduaneiros da Receita Federal, minimizou a desaceleração, afirmando: “A série é muito curta para fazer qualquer tipo de ilação”.

No acumulado do primeiro trimestre, a arrecadação federal atingiu R$ 657,8 bilhões, um avanço real de 8,36%, também um recorde para o período.

De acordo com a Receita Federal, o desempenho positivo em março pode ser explicado pelo aumento da produção industrial e pela atividade dos setores de comércio e serviços.

Mas também contribuíram para esse resultado a retomada da tributação de PIS/Cofins sobre combustíveis e a taxação dos fundos exclusivos de investimentos.

No mês passado, o governo arrecadou uma receita extra de R$ 3,38 bilhões com a cobrança de Imposto de Renda sobre os fundos exclusivos, encerrando a cobrança sobre o estoque de rendimentos que estava parado nesses fundos.

No acumulado do primeiro trimestre, o governo arrecadou R$ 11,32 bilhões com a taxação dos fundos, além dos R$ 3,9 bilhões que ingressaram nos cofres públicos em dezembro do ano passado.

Malaquias estimou que o retorno total da medida deverá superar os R$ 13,3 bilhões inicialmente previstos, uma vez que o fisco ainda fará a cobrança de dois “come-cotas” em junho e dezembro deste ano, cada um rendendo mais de R$ 1 bilhão.

Já a reoneração dos combustíveis gerou um ganho de R$ 3,75 bilhões em março e de R$ 9,25 bilhões no acumulado do primeiro trimestre.

Desconsiderando esses fatores atípicos, o crescimento real da arrecadação em março seria de 1,88%. No trimestre, a variação seria de 4,69%, já descontada a inflação.

Os resultados da arrecadação são fundamentais para o ministro da Fazenda, Fernando Haddad, que busca zerar o déficit nas contas públicas em 2024. A meta exige um esforço do governo para que a arrecadação fique em patamar similar ao das despesas. Os dados oficiais indicam um déficit de R$ 9,3 bilhões, o equivalente a -0,1% do PIB. E mais: Sequestrador do irmão de Zezé di Camargo e Luciano é preso em ação contra o tráfico. Clique AQUI para ver. (Foto: EBC; Fonte: Folha de SP)

Gostou? Compartilhe!
Next Post

Felipe Neto chama Arthur Lira de ‘excrementíssimo’, em sessão na Câmara dos Deputados

Felipe Neto participou de um simpósio organizado pela Câmara dos Deputados na manhã desta terça-feira (23) para discutir ‘regulamentação’ das redes sociais. E durante o evento, ele fez críticas ao presidente da Casa, deputado Arthur Lira (PP), o qual chamou de ‘excrementíssimo’, no lugar do pronome de tratamento ‘excelentíssimo’. (veja […]