A fabricante brasileira de calçados Arezzo anunciou nessa sexta-feira (3) sua primeira aquisição fora do país, concordando em comprar a italiana ‘Paris Texas’ enquanto segue o trabalho pela internacionalização da marca.
As ações da empresa subiram mais de 3% após a notícia, tornando a Arezzo uma das maiores vencedoras no índice de ações Bovespa, segundo informações da Reuters.
A empresa comandada pelo designer Alexandre Birman disse que inicialmente compraria 65% do capital social da Paris Texas por um total de 25 milhões de euros (em torno de R$ 138 milhões), com opção de atingir 100% de propriedade no futuro.
O movimento marca mais uma aquisição da Arezzo, que vem crescendo por meio de fusões e aquisições nos últimos anos, incluindo as marcas brasileiras Reserva, Carol Bassi, Sunset, HG e Calçados Vicenza.
A empresa disse em um comunicado de valores mobiliários que sua primeira aquisição fora do Brasil aceleraria seu processo de internacionalização, classificando-a como um “passo importante” em sua estratégia de desenvolver sua plataforma global de calçados de luxo.
A expansão fora da maior economia da América Latina é um objetivo de longa data da Arezzo, que em meados da década de 2010 revelou que iria se aprofundar no mercado dos Estados Unidos.
A Arezzo foi fundada em 1972 pelos irmãos Anderson e Jefferson Birman. Inicialmente como marca masculina, a Arezzo logo migrou para calçados femininos, sendo seu grande sucesso o lançamento do modelo Anabela.
Nove anos depois, em 1973, a empresa compra a marca Gypsy e passa a vender sapato a preço de fábrica. Em 1988, inicia a operação de franchising com aberturas de dez lojas.
É na década de 90 que a marca, já grande, toma impulso como varejista promovendo expansão das lojas físicas e estratégia voltada ao canal de franquias. Ela também encerra as operações industriais e foca no varejo e outsourcing no Vale dos Sinos. Clique AQUI para ver mais sobre a história da marca.
Já a Paris Texas foi fundada em 2015, em Milão, por Annamaria Bravio e Massimo Baltimora. Em 2022, teve um crescimento de 65%, atingindo 15 milhões de euros de receita bruta. Bravio e Baltimora permanecem com 35% da marca e se mantêm à frente das operações. O acordo também prevê opções de compra do restante da companhia, com vencimentos em 2027 e 2030.
