Nessa quarta-feira (20), Supremo Tribunal Federal (STF) condenou o deputado federal Daniel Silveira (PTB-RJ) a oito anos e nove meses de reclusão, em regime inicial fechado, por crimes de ameaça ao Estado Democrático de Direito e coação no curso do processo. Além da prisão, o deputado foi condenado à perda do mandato e dos direitos políticos e a pagar multa de R$ 212 mil.
No julgamento, chamou a atenção o voto pela condenação dado pelo ministro André Mendonça. Ainda que tenha determinado pena de 2 anos e quatro meses em regime inicialmente aberto (inferior daquela determinada por Moraes), boa parte da imprensa considerava que o ministro pediria vista ou votaria pela absolvição de Daniel Silveira, como assim o fez o ministro Nunes Marques.
Diante da repercussão negativa nas redes sociais entre usuários apoiadores do presidente Bolsonaro, o ministro se manifestou, na manhã dessa quinta-feira (21), a respeito de seu voto e das críticas que recebeu. Ele fala sobre ser cristão e ser jurista.
“Diante das várias manifestações sobre o meu voto ontem, sinto-me no dever de esclarecer que: [a] como cristão, não creio tenha sido chamado para endossar comportamentos que incitam atos de violência contra pessoas determinadas; e como jurista, a avalizar graves ameaças físicas contra quem quer que seja. Há formas e formas de se fazerem as coisas. E é preciso se separar o joio do trigo, sob pena de o trigo pagar pelo joio. Mesmo podendo não ser compreendido, tenho convicção de que fiz o correto”.
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