Dólar em alta pressiona preços e projeta novos aumentos para 2025

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A valorização do dólar, consolidada acima de R$ 6, começa a gerar impactos em diversos setores, como alimentos, bebidas, higiene, limpeza, eletrodomésticos e eletrônicos. Segundo reportagem do Estadão, as indústrias desses segmentos planejam reajustes expressivos, que podem alcançar dois dígitos, para o início de 2024.

A disparada da moeda americana, que já acumula alta de mais de 4% neste mês e cerca de 25% no ano, afetou as expectativas de inflação para 2024 e, principalmente, para 2025.

Pela primeira vez, as previsões do mercado indicam que a inflação de 2025 pode ultrapassar o teto da meta de 4,5%. O Boletim Focus do Banco Central aponta uma projeção de 4,59% para o Índice de Preços ao Consumidor Amplo (IPCA) naquele ano.



De acordo com o veículo, os efeitos do câmbio já se refletem nos preços de itens importados muito consumidos durante as festas de fim de ano. Frutas secas, azeites e bacalhau, por exemplo, registraram aumentos de cerca de 10% apenas na última semana. Segundo varejistas, “as frutas frescas, como lichia e cereja, tiveram altas ainda mais expressivas, chegando a R$ 60 e R$ 120 o quilo, respectivamente”.

Mesmo produtos nacionais foram impactados. O melão, muito exportado devido à alta demanda internacional, atingiu R$ 50 por unidade no mercado interno. Resumidamente, com o dólar valorizado, os produtores preferem exportar, reduzindo a oferta no Brasil e pressionando os preços locais.

Reajustes para bens industrializados
A indústria já sinaliza aumentos significativos em produtos industrializados. Fabricantes de higiene e limpeza preveem reajustes de 10% a 12% em janeiro, enquanto itens como laticínios e derivados de carne podem sofrer altas de 10% a 19%.



Nos setores de eletrodomésticos e eletrônicos, os aumentos também são esperados. Executivos afirmam que, após o período de festas, “a indústria terá que recalibrar preços para acompanhar o novo patamar do dólar”. Produtos com grande dependência de componentes importados, como plástico e aço, serão os mais afetados.

Ajustes inevitáveis
Apesar dos esforços para manter os preços estáveis até o Natal e o Ano Novo, o cenário a partir de 2024 é de alta generalizada. “Os varejistas ainda contam com estoques adquiridos a um câmbio mais baixo, mas a pressão sobre as margens deve tornar os reajustes inevitáveis”, explicam representantes do setor, conforme o Estadão.



Além disso, a persistência do dólar em níveis elevados pode exigir novas estratégias das indústrias, que enfrentam margens de lucro cada vez mais apertadas. A previsão de empresários é de que o impacto do câmbio continue sendo sentido ao longo de 2025, com reajustes em cadeia que dificultarão a recuperação do poder de compra dos consumidores brasileiros. E mais: “Conta do almoço grátis chega cedo ou tarde”, diz Folha sobre ‘irresponsabilidade orçamentária’ de Lula. Clique AQUI para ver. (Fonte: Estadão)

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