Alemanha anuncia que prenderá Benjamin Netanyahu se premiê for ao país

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Em entrevista recente, o porta-voz do chanceler alemão Olaf Scholz, Steffen Hebestreit, afirmou que a Alemanha cumprirá uma eventual ordem de prisão emitida pelo Tribunal Penal Internacional (TPI) contra o primeiro-ministro de Israel, Benjamin Netanyahu, caso ele se encontre em território alemão.

Questionado por repórteres em Berlim sobre a possibilidade de seguir as decisões do TPI, Hebestreit confirmou que a Alemanha, um país aliado de Israel, honraria os mandados de prisão emitidos pelo tribunal.

Ele enfatizou que, embora o cenário seja “hipotético”, a Alemanha segue estritamente o estado de direito, declarando: “Ja, wir halten uns an Recht und Gesetz,” que significa “Sim, cumprimos a lei.”

 

Na segunda-feira (20), o procurador-chefe do TPI, Karim Khan, solicitou mandados de prisão contra Benjamin Netanyahu, o ministro da Defesa israelense Yoav Gallant, e os líderes do Hamas Yahya Sinwar, Mohammad Deif e Ismail Haniyeh. Eles são acusados de crimes de guerra e contra a Humanidade cometidos durante o conflito na Faixa de Gaza.

A Alemanha, assim como dezenas de países, é signatária do ‘Tratado de Roma’. Este acordo internacional foi o que estabeleceu o Tribunal Penal Internacional (TPI). Ou seja, os países-membros, na teoria, precisam cumprir as decisões do Tribunal Penal.

Em um pronunciamento gravado em vídeo (veja abaixo, em inglês), Khan declarou: “Com base nas provas recolhidas e examinadas pelo meu gabinete, tenho motivos razoáveis para acreditar que Benjamin Netanyahu, o primeiro-ministro de Israel, e Yoav Gallant, o ministro da Defesa de Israel, são responsáveis criminais por crimes de guerra e crimes contra a Humanidade cometidos no território do Estado da Palestina desde pelo menos 8 de outubro de 2023.”

 

 

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