O vice-presidente e ministro do ‘Desenvolvimento, Indústria, Comércio e Serviços’, Geraldo Alckmin, propôs nesta segunda-feira (24) que os preços dos alimentos e da energia sejam retirados da fórmula de cálculo da inflação no Brasil. Segundo ele, o Banco Central deveria considerar essa possibilidade para tornar a política monetária mais eficaz.
“Não adianta eu aumentar os juros, porque não vai fazer chover, eu só vou prejudicar a economia. E no caso do Brasil, pior ainda, porque aumenta a dívida pública”, afirmou Alckmin durante um evento promovido pelo Valor Econômico.
O vice-presidente ressaltou que a elevação da taxa de juros deve focar em componentes da inflação sobre os quais há maior controle.
“Eu acho que é uma medida inteligente a gente realmente aumentar o juro naquilo que pode ter mais efetividade na redução da inflação”, acrescentou. “Entendo sim que é uma medida que deve ser estudada pelo Banco Central brasileiro.”
Alckmin mencionou a abordagem adotada pelo Federal Reserve, o banco central dos Estados Unidos, que tem como meta uma inflação de 2% baseada no índice de preços ao consumidor PCE. Contudo, ele destacou que a instituição americana considera a inflação total para definir sua política, sem excluir elementos como energia e alimentos.
“Não adianta aumentar juros que não vai baixar o preço do barril de petróleo”, argumentou o vice-presidente, que está no exercício da Presidência enquanto o presidente Luiz Inácio Lula da Silva cumpre agenda oficial na Ásia.
Ele ainda avaliou que os preços dos alimentos devem recuar neste ano devido a uma melhora nas condições climáticas e ao consequente aumento da produção agrícola, o que pode impulsionar o crescimento econômico. “A agricultura deve dar ‘um empurrão’ ao PIB deste ano”, projetou. E mais: Elite dos bilionários: apenas 24 pessoas no mundo possuem mais de US$ 50 bilhões. Clique AQUI para ver. (Foto: EBC; Fonte: CNN)
