Quem é o primeiro condenado do ‘8 de Janeiro’ que pode progredir para o semiaberto

direitaonline

O pedreiro Charles Rodrigues dos Santos, de 44 anos, tornou-se o primeiro condenado pelos atos de 8 de janeiro de 2023 a alcançar o tempo necessário para solicitar a progressão ao regime semiaberto.

Preso desde o mesmo dia dos ataques em Brasília, ele já cumpriu 2 anos, 5 meses e 14 dias da pena de 13 anos e 6 meses determinada pelo Supremo Tribunal Federal, o que o habilita a pedir o benefício.

Durante o tempo em que esteve detido no presídio da Papuda, Charles manteve bom comportamento, participou de atividades laborais e concluiu cursos educacionais.

Conforme reportagem da Veja, seu advogado, Ezequiel Silveira, afirma que o réu já poderia estar em regime semiaberto desde o dia 24 de abril, conforme consta nos registros judiciais.

Nesse modelo, o detento passa o dia em liberdade para trabalhar e retorna à unidade prisional à noite — em algumas situações, há também a possibilidade de monitoramento com tornozeleira eletrônica.

No entanto, o processo encontra entraves. O Ministério Público Federal, por meio do procurador-geral da República Paulo Gonet, solicitou à Vara de Execuções Penais do DF documentação adicional sobre a validade dos cursos realizados por Charles, além de comprovações sobre convênios das instituições de ensino com o poder público e detalhes sobre sua rotina de trabalho.

Charles foi condenado por diversos crimes relacionados à tentativa de golpe e invasão das sedes dos Três Poderes, incluindo golpe de Estado, associação criminosa armada, abolição violenta do Estado Democrático de Direito, dano ao patrimônio público e deterioração de bem tombado.

O advogado critica a postura do MPF e a demora na análise do pedido. “Conforme consta nos autos, o atestado de pena a cumprir indica que o apenado já teria direito à progressão para o regime semiaberto em 24.4.2025, sem a necessidade de cômputo de horas de trabalho, leitura ou estudo para alcançar tal benefício”, declarou Silveira.

Para ele, a exigência de novas comprovações representa um entrave desnecessário ao direito do réu. Agora, cabe à Justiça analisar os documentos solicitados pela Procuradoria e decidir se Charles poderá iniciar uma nova fase do cumprimento de sua pena fora do regime fechado. (Foto: EBC; Fonte: Veja)

E mais:
Apoie nosso trabalho!

Ex-assessor de Bill Clinton elogia ação de Trump contra Irã

Terceirizados da Petrobras protestam contra salários atrasados

Toyota registra ‘Hilux Champ’ no Brasil

 

Gostou? Compartilhe!
Next Post

Londres terá ponte inspirada em tiara da Rainha Elizabeth II

Londres vai ganhar um novo memorial em homenagem à rainha Elizabeth II, com um projeto que une simbolismo, arquitetura moderna e respeito à história britânica. O ponto central será uma nova ponte no St James’s Park, assinada pelo renomado arquiteto Norman Foster, e inspirada na tiara de casamento usada pela […]