‘8 de Janeiro’: PF deflagra a 20ª fase da Operação Lesa Pátria

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Brasília/DF. A Polícia Federal deflagrou nesta terça-feira (2), a 20ª fase da ‘Operação Lesa Pátria’, contra acusados de envolvimento nos atos de ‘8 de Janeiro’, em Brasília/DF.

Ao todo, serão cumpridas medidas em relação a dez investigados: duas prisões preventivas e dez mandados de busca e apreensão, todos expedidos pelo Supremo Tribunal. As medidas estão sendo cumpridas em João Pessoa/PB, Cabedelo/PB, Bayeux/PB, Mirassol do Oeste/MT e Cáceres/MT.

Segundo a PF, os fatos investigados constituem, em tese, os crimes de “abolição violenta do Estado Democrático de Direito, golpe de Estado, dano qualificado, associação criminosa, incitação ao crime, destruição e deterioração ou inutilização de bem especialmente protegido e crimes da lei de terrorismo”.

A 19ª fase da Operação mirou, entre outros investigados, o sobrinho do ex-presidente Jair Bolsonaro (PL) Leonardo Rodrigues de Jesus, conhecido como Léo Índio, é um dos alvos da 19ª operação Lesa Pátria, deflagrada em 25/10.

Na ocasião, os agentes da PF cumpriram 5 mandados de prisão preventiva e 13 de busca e apreensão em Cuiabá (MT), Cáceres (MT), Santos (SP), São Gonçalo (RJ) e Brasília (DF).

Morte
A atual fase da operação acontece um dia após a morte de um dos presos de 8 de Janeiro. Cleriston Pereira da Cunha morreu na manhã dessa segunda-feira (20), no presídio da Papuda. Com 46 anos de idade, o residente do Distrito Federal deixa sua companheira e duas filhas.

A notícia da morte foi transmitida à juíza Leila Cury, responsável pela Vara de Execuções Penais do Distrito Federal, que informou o ministro Alexandre de Moraes, relator no Supremo Tribunal Federal (STF) das ações decorrentes dos atos de janeiro.

Cunha era réu no STF, acusado de invadir o Senado durante os mencionados atos. Surpreendentemente, ele ainda não havia sido julgado. As acusações contra ele na Corte incluíam crimes como “associação criminosa, abolição violenta do Estado Democrático de Direito, golpe de Estado, dano qualificado e deterioração do patrimônio tombado”, o conjunto padrão de crimes atribuídos a quem foi preso em flagrante ‘8 de Janeiro’.

A defesa de Cleriston da Cunha havia buscado sua liberdade provisória em agosto, já apontando que o preso sofria graves sequelas de saúde devido à COVID-19, especialmente no sistema cardíaco. Em setembro, a Procuradoria-Geral da República (PGR) se manifestou favoravelmente ao pedido, propondo a adoção de medidas como o uso de tornozeleira eletrônica. Contudo, não houve decisão por parte de Moraes sobre a solicitação.

Cunha passou mal por volta das 10h. O Serviço de Atendimento Móvel de Urgência (Samu) e o Corpo de Bombeiros foram acionados, chegando aproximadamente 18 minutos depois. As equipes tentaram reanimá-lo, seguindo o protocolo de reanimação cardiorrespiratória, mas sem sucesso. O óbito foi declarado às 10h58.

O falecimento do preso, ainda mais com pedido da defesa para sua liberdade provisória após os problemas de saúde, gerou críticas de parlamentares. Clique AQUI para ver.


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Fonte: PF; Poder360
Foto: Agência Brasil

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