O secretário-executivo do Ministério da Justiça e Segurança Pública, Ricardo Cappelli, saiu em defesa da polícia da Bahia e negou que o estado esteja vivendo uma situação de descontrole, apesar das mais de 50 mortes resultantes de ações policiais contra o crime organizado. O estado é governado pelo petista Jerônimo Rodrigues.
Cappelli argumentou que enfrentar o crime organizado não é possível com métodos suaves, afirmando: “Tem a questão da letalidade? Tem. Mas você não enfrenta crime organizado com rosas.” Ele elogiou a polícia baiana, descrevendo-a como “boa”, mas também ressaltou a importância de investigar e combater a ‘letalidade policial’.
O secretário destacou que os confrontos entre organizações criminosas não são um problema exclusivo da Bahia e tentou associar a situação ao governo anterior do ex-presidente Jair Bolsonaro, mencionando a flexibilização das regras para porte e posse de armas.
“O que ocorre na Bahia é a disputa entre as duas maiores organizações criminosas nacionais. Esse não é um problema da Bahia só. É um problema do passivo que foi gerado por falta de política de segurança pública nos últimos quatro anos. Bolsonaro despejou armas que foram parar nas mãos dos criminosos”, disse o secretário.
No entanto, é importante observar que a Bahia é governada pelo partido de Lula desde 2007, quando o petista Jaques Wagner assumiu (após a eleição de 2006) e sendo reeleito até o fim de 2014. Depois dele o partido emplacou mais dois mandatos, com Rui Costa (2015 a 2022) e, desde o começo do ano, com Jerônimo Rodrigues (também do PT).
Cappelli também esclareceu que o governo da Bahia não está considerando uma intervenção federal no estado, justificando que o governo local é forte e estruturado, e que o atual governador, Jerônimo Rodrigues, tem total controle da situação.
Os confrontos na região se intensificaram após a morte de um policial federal em 15 de setembro. Agentes federais e estaduais lançaram uma operação para combater uma organização criminosa envolvida em tráfico de drogas e armas, homicídios e roubos.
O confronto de policiais e grupos de crime organizado na Bahia é tratado com cautela e preocupação no governo federal.
Após encontro do ministro da Justiça, Flávio Dino, com o governador Jerônimo Rodrigues, na segunda-feira (25), o governo federal encaminhou um grupo técnico para fazer diagnóstico do problema.
De acordo com integrantes do ministério, o grupo já retornou a Brasília e com orientação de cuidar do caso com discrição.
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