Lula (PT) gastou pelo menos R$ 45 milhões em viagens internacionais desde o início de seu mandato, de acordo com informações obtidas pelo GLOBO por meio da Lei de Acesso à Informação. Nos primeiros oito meses de seu governo, Lula visitou 21 países. O valor é equivalente a cerca de R$ 5,6 milhões/mensais.
Os gastos incluem despesas com hospedagem e diárias para as comitivas que o acompanharam em suas viagens. Além disso, há despesas adicionais não previstas inicialmente, que totalizam R$ 16,6 milhões.
Entre esses gastos adicionais estão a locação de sala de apoio (cerca de R$ 3,2 milhões), veículos (R$ 12 milhões), contratação de intérpretes (cerca de R$ 875 mil) e outras despesas diversas, como material de escritório, contratação de café e água, e até mesmo uma coroa de flores (R$ 628 mil). Além disso, foram realizadas despesas com contratação de coffee breaks, coquetéis e recepções, totalizando R$ 230 mil.
A viagem mais cara foi para a China, com um custo total de R$ 6,7 milhões. Lula visitou o país asiático em abril, em uma viagem que durou três dias, para a posse da ex-presidente petista Dilma Rousseff como chefe do Banco dos BRICS (após Lula e seu governo insistirem pelo cargo a Dilma).
Os gastos adicionais nessa viagem somaram R$ 2,5 milhões, incluindo cerca de R$ 134 mil em serviço de coquetel, R$ 996 mil em aluguel de carros, e R$ 425 mil com intérpretes.
Em segundo lugar entre as viagens mais caras estão as visitas a Portugal e Espanha, também em abril, que totalizaram um gasto de R$ 5,9 milhões. Na ocasião, Lula foi recebido pelos presidentes dos países e participou da entrega do Prêmio Camões ao compositor Chico Buarque, apoiador de Lula.
Hospedagem lidera os gastos, com um total de R$ 15,8 milhões (correspondendo a 35% do total). Os gastos no cartão corporativo, que geralmente são usados para alimentação e outras despesas extras, alcançaram R$ 5 milhões.
A Força Aérea Brasileira (FAB) mantém sigilo sobre o custo do transporte no avião oficial utilizado pelo ex-presidente em suas viagens. Ou seja, além dos R$ 45 milhões totais, ainda há o valor do transporte impossibilitado de ser contabilizado pelo sigilo dos militares.
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