Vaticano divulga imagens da reforma na Capela Sistina para conclave do Papa

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A poucos dias do início do conclave que elegerá o novo líder da Igreja Católica, o Vaticano divulgou imagens recentes das obras de preparação na Capela Sistina. As fotografias revelam restaurações em afrescos históricos e a montagem da tradicional chaminé que indicará ao mundo, por meio da fumaça preta ou branca, o andamento das votações.

A eleição do sucessor do papa Francisco, morto no mês passado, começará oficialmente no dia 7 de maio. Segundo o cardeal Gregorio Rosa Chávez, de El Salvador, a expectativa é de que o processo não ultrapasse três dias: “No máximo três dias”, afirmou com convicção.

Durante o conclave, os 133 cardeais eleitores permanecerão totalmente isolados dentro do Vaticano, proibidos de qualquer contato externo. Técnicos especializados farão uma varredura rigorosa na capela antes da primeira votação, em busca de equipamentos de escuta ou espionagem.

O sistema de votação exige maioria qualificada: ao menos dois terços dos votos. A fumaça branca surgirá apenas quando um nome alcançar esse número, marcando o início de um novo pontificado. “É evidente que quanto mais cédulas houver, mais difícil será o processo. Mas os sinais são de que eles querem prosseguir rapidamente”, avaliou Giovanni Vian, historiador da Universidade Ca’ Foscari, em Veneza.

A Capela Sistina, palco da eleição, é um ícone da arte renascentista. Construída entre 1473 e 1481, foi batizada em homenagem ao papa Sisto IV. Seu teto monumental foi pintado por Michelangelo entre 1508 e 1512, sob encomenda de Júlio II. O espaço tem 40 metros de comprimento, 13 de largura e 21 de altura, e é iluminado por altas janelas que cercam a estrutura.

Tradicionalmente, a primeira rodada de votação na tarde do primeiro dia funciona como um termômetro: nomes são citados informalmente, alguns por cortesia ou reconhecimento. A partir do segundo dia, os cardeais realizam duas votações pela manhã e outras duas à tarde. Se, após três dias, não houver consenso, está prevista uma pausa de reflexão e oração.

Caso a escolha se prolongue, isso poderá sinalizar dificuldades internas. “Se não conseguirmos um novo papa rapidamente, isso mostrará que o impulso para os favoritos se esgotou muito rapidamente”, alertou o jesuíta Thomas Reese, analista do Vaticano. “Isso também reforçará o fato de que há muitos cardeais lá dentro e eles simplesmente não se conhecem muito bem”, acrescentou.

Entre os nomes mais cotados estão o cardeal italiano Pietro Parolin e o filipino Luis Antonio Tagle. Ambos são apontados como favoritos desde a morte de Francisco, mas outros candidatos podem emergir durante as chamadas congregações gerais — encontros diários em que os cardeais discutem o rumo da Igreja.

É importante lembrar que cerca de 80% dos cardeais com direito a voto foram nomeados por Francisco, muitos deles provenientes de regiões onde a Igreja busca maior presença. Essa diversidade geográfica poderá influenciar diretamente o perfil do novo pontífice. E mais: F1: Bortoleto alcança sua melhor posição de largada no GP de Miami. Clique AQUI para ver. (Foto: divulgação Vaticano; Fonte: CNN)

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