São Paulo, 4 de outubro de 2023 – Pelo segundo dia consecutivo, a Linha 9-Esmeralda da Companhia Paulista de Trens Metropolitanos (CPTM) enfrenta sérios problemas de circulação. A concessionária ViaMobilidade, responsável pelo serviço, informou que a circulação de trens entre as estações Morumbi e Cidade Universitária está operando em via única devido a problemas no sistema elétrico. Para atender aos passageiros afetados, ônibus do Plano de Apoio entre Empresas em Situação de Emergência (Paese) foram acionados.
Segundo a ViaMobilidade, uma equipe de técnicos está trabalhando incansavelmente desde terça-feira, 3 de outubro, para resolver a falha que ocorreu por volta das 14h. O esforço de manutenção envolve “cinco frentes de trabalho formadas por cerca de 70 colaboradores”, conforme comunicado da empresa. É importante destacar que a ViaMobilidade também é responsável pela operação da Linha 8-Diamante.
Além disso, a ViaMobilidade tomou a medida de abrir um boletim de ocorrência para investigar um possível ato de vandalismo na área onde ocorreu a falha. Segundo informações obtidas pelo jornal Estadão, Rafael Custódio de Sá, que se apresentou como gerente de engenharia da parte elétrica da ViaMobilidade, relatou que ao chegar à Estação Pinheiros, notou que a rede aérea estava “consideravelmente danificada e de uma forma anormal para o sistema, tendo em vista a extensão muito grande”.
De acordo com o relato, a equipe de manutenção constatou que “os consoles que ficam nos postes sustentando os cabos estavam soltos em todo o trecho citado”, que abrange as estações Vila Olímpia, Cidade Jardim, Hebraica Rebouças, Pinheiros e Cidade Universitária.
Na Marginal do Pinheiros, nas proximidades do número 7.037, a equipe encontrou “pedras estranhas ao sistema (grandes e não britas) próximas ao posteamento onde o console se soltou”, além de cinco gradis abertos dentro desse trecho de aproximadamente 90 metros. Entre a estação Pinheiros e Cidade Jardim, na lateral da via (canaleta), os funcionários também se depararam com “um objeto metálico (composto por um tubo metálico e um cabo de aço) estranho ao sistema”.
O boletim de ocorrência menciona a possibilidade de que algo tenha sido lançado sobre o trem ou sobre a rede aérea, sendo arrastado pelo trem devido à inércia após o dano na rede, o que poderia ter colapsado o sistema. No entanto, o presidente da Divisão de Mobilidade da CCR, Marcio Hannas, em entrevista à Globo, ressaltou que ainda não se pode afirmar definitivamente que o incidente foi resultado de vandalismo, destacando que o material encontrado não faz parte do sistema regular e que outras causas não podem ser descartadas neste momento. A investigação continua em andamento para esclarecer os detalhes do ocorrido.
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