Trump começa hoje (5) a notificar países diariamente sobre aplicação de tarifas

direitaonline

Faltando poucos dias para o fim do período de isenção tarifária dado por Donald Trump, os Estados Unidos se preparam para endurecer a cobrança de tarifas sobre nações que ainda não fecharam acordos comerciais com Washington.

A partir deste sábado (5), a Casa Branca deve iniciar o envio de comunicados oficiais a cerca de 10 a 12 países diariamente, informando as novas taxas que passarão a vigorar a partir de 1º de agosto.

“Fizemos o modelo final, e ele explicará o que os países pagarão em tarifas”, afirmou Trump nesta sexta-feira (4), na Base Conjunta Andrews. “O valor das tarifas varia de 60% ou 70% a 10% e 20%, mas elas começarão a ser enviadas amanhã”.

As novas tarifas, chamadas de “recíprocas” pelo republicano, ultrapassam o teto de 50% estabelecido em abril e provocaram forte instabilidade nos mercados globais. Enquanto os pregões norte-americanos estavam fechados por conta do feriado da Independência, as bolsas internacionais operaram em baixa, refletindo o temor do impacto econômico da medida.

Embora não tenha especificado todos os alvos das cartas, Trump já manifestou descontentamento com blocos como a União Europeia e países como o Japão, que classificou como “mimado” ao ameaçar impor uma taxa de até 35%. Ainda assim, não está claro se essas ameaças se concretizarão ou fazem parte de uma estratégia de barganha.

Apesar do prazo fixado para o dia 9 de julho, membros do governo, como a porta-voz Karoline Leavitt e o secretário do Tesouro, Scott Bessent, indicaram alguma margem de manobra para os países que continuam negociando.

“O prazo não é crítico”, disse Leavitt. Já Bessent afirmou que espera que os acordos possam ser firmados até o Dia do Trabalho.

Trump, no entanto, foi direto ao ser questionado sobre eventuais prorrogações: “na verdade, não”. Segundo ele, os valores começarão a ser cobrados já no início de agosto. “O dinheiro começará a entrar nos Estados Unidos em 1º de agosto, em praticamente todos os casos”.

O presidente ainda afirmou que cerca de 100 países poderão seguir pagando a alíquota mínima de 10%, definida em abril, caso não avancem nas tratativas. Até agora, apenas Reino Unido e China assinaram acordos formais. Um possível entendimento com o Vietnã também foi mencionado, mas sem detalhes divulgados.

“Temos alguns outros acordos”, disse Trump. “Quando chegarmos aos países menores, manteremos praticamente as mesmas tarifas”.

O plano tarifário vem sendo elaborado há meses. Em entrevistas anteriores, Trump chegou a dizer que 200 acordos estavam prestes a ser concluídos.

No entanto, mais recentemente, reconheceu que esse número é inviável em curto prazo. “Temos 200 países. Não podemos fazer isso”, declarou. Por isso, segundo ele, os comunicados com as novas taxas serão enviados em breve.

A política tarifária de Trump visa pressionar os países a aceitarem novos termos de troca com os EUA. “É muito mais fácil”, comentou. “Temos mais de 170 países, e quantos negócios você poderia fazer?” (Foto: Casa Branca; Fonte: CNN)

E mais:

Justiça derruba decisão de Tarcísio que punia professores por falta injustificada

Flávio visita Bolsonaro em Brasília e diz estar “fiscalizando” repouso médico do pai

Cidadão confronta Boulos em ato público e critica governo Lula ao vivo

Gostou? Compartilhe!
Next Post

Lula: se gasolina não baixar, governo será chamado de ‘imbecil'

Durante um evento nesta sexta-feira (4) voltado ao anúncio de novos investimentos em refinarias da Petrobras, Luiz Inácio Lula da Silva (PT) voltou a questionar a ausência de reflexos das reduções de preços promovidas pela estatal no valor final pago pelos consumidores. Para ele, os cortes feitos pela empresa não […]