Trump prepara mudança radical no sistema de educação dos EUA

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O presidente dos Estados Unidos, Donald Trump, está prestes a dar um passo concreto para cumprir uma de suas promessas de campanha: eliminar o Departamento de Educação.

Segundo informações publicadas nesta quarta-feira (5) pelo The Wall Street Journal, um decreto preliminar já circula nos bastidores, orientando a secretária da pasta, Linda McMahon, a tomar todas as ações possíveis para encerrar as atividades do órgão, dentro dos limites legais.



A ordem pode ser oficializada ainda nesta quinta-feira, conforme fontes anônimas revelaram ao jornal. Até o momento, nem a Casa Branca nem o Departamento de Educação se pronunciaram sobre o assunto.

A ideia de extinguir o departamento não é nova – Trump já a defendia em seu primeiro mandato (2017-2021) e voltou a destacá-la na recente campanha, chamando o órgão de “grande farsa” em fevereiro e prometendo devolver o controle da educação aos estados.



Criado em 1979 sob Jimmy Carter, o departamento só pode ser formalmente fechado com o aval de pelo menos 60 senadores, algo que o Congresso não aprovou no passado.

Desta vez, para contornar essa barreira, o plano de Trump seria esvaziar a pasta, cortando programas e pessoal, uma tática já usada por ele em outras áreas do governo. “Adotar todas as medidas necessárias para o encerramento do Departamento de Educação na extensão apropriada e permitida pela lei” é a diretriz do rascunho citado pelo jornal.



A medida agrada a aliados republicanos que há anos criticam o órgão, acusado por eles de centralizar poder e inibir a liberdade educacional.

O Departamento de Educação gerencia cerca de 100 mil escolas públicas e 34 mil privadas, sendo essencial em programas de subsídios, como os que financiam professores para crianças com deficiência – embora mais de 85% dos recursos das escolas públicas venham de fontes estaduais e locais. McMahon, em depoimento no Senado no último mês, reforçou essa visão: “Qual é o remédio? Financiar a liberdade educacional, não o governo”, declarou, apontando a “excessiva concentração de poder” em Washington como um problema.



A estratégia, porém, pode enfrentar obstáculos legais. Segundo o The Washington Post, McMahon e outros assessores sugeriram transferir funções da pasta para diferentes setores do governo como forma de desmontá-la gradualmente.

Enquanto defensores do departamento alertam para uma possível privatização da educação, o governo Trump aposta em reduzir sua influência ao mínimo, mesmo sem o aval congressional, reacendendo um debate que promete dividir opiniões nos EUA. E mais: A retaliação que o Governo Lula avalia contra Trump. Clique AQUI para ver. (Foto: reprodução vídeo; Fonte: Folha de SP)

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