Trump comemora decisão que restabelece tarifas e critica juízes

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O ex-presidente Donald Trump celebrou a vitória no Tribunal de Apelações dos Estados Unidos que restabeleceu grande parte das tarifas comerciais aplicadas por seu governo a produtos importados. Em paralelo à comemoração, o republicano voltou a criticar duramente o sistema judiciário do país e atribuiu à motivação política decisões contrárias às suas medidas.

Trump acusou o Tribunal de Comércio Internacional de ter “decidido contra os interesses da economia americana” ao suspender tarifas impostas durante sua gestão.

Por meio de uma publicação nas redes sociais, ele declarou que os três juízes responsáveis pelo julgamento prejudicaram o país por “puro ódio” à sua administração.

O ex-presidente defendeu que suas ações foram bem-sucedidas ao atrair “trilhões de dólares vindos de outros países” para dentro da economia dos EUA. Segundo ele, “dinheiro que, sem essas tarifas, nunca conseguiríamos obter. Isso representa a diferença entre ter um país rico, próspero e bem-sucedido, e exatamente o oposto disso”.

Trump também classificou a decisão do tribunal inferior como “errada e motivada por política”, e pediu que a Suprema Corte dos Estados Unidos reverta “o mais rápido possível essa decisão horrível e ameaçadora para o país, e que faça isso de forma decisiva”.

Para presidente, condicionar a aplicação de tarifas à aprovação do Congresso “seria um erro” que poderia enfraquecer a autoridade presidencial. Ele argumentou: “se essa decisão prevalecer, destruíra completamente o poder do Executivo federal e a presidência nunca mais será a mesma”.

Ainda sem apresentar qualquer evidência, Trump afirmou que “juízes de extrema-esquerda, em conluio com pessoas ruins, estão destruindo os EUA”. E fez um alerta: “se essa decisão for mantida, nosso país perderá trilhões de dólares, dinheiro esse que será usado para fazer a América grande de novo. Em outras palavras, seria a decisão financeira mais severa já imposta contra os EUA como uma nação soberana”.

O Tribunal de Apelações, ao acatar o pedido do governo, suspendeu temporariamente a decisão anterior do Tribunal de Comércio Internacional, emitida um dia antes. No entanto, outra sentença, vinda de um juiz federal em Washington, ainda bloqueia algumas das tarifas aplicadas. Essa decisão entra em vigor em até duas semanas, e o governo Trump ainda pode apresentar recurso, segundo o jornal The Hill.

A disputa envolve tarifas anunciadas em 2 de abril, incluindo uma alíquota de 10% sobre o Brasil, além de medidas contra produtos da China, do México e do Canadá — essas últimas com o argumento de combater a entrada de fentanil no país.

A decisão do Tribunal de Comércio considerou que Trump não possuía autoridade para aplicar tais tarifas unilateralmente, afirmando que cabe ao Congresso definir esse tipo de ação. O colegiado avaliou que não havia uma “ameaça incomum e extraordinária” que justificasse a iniciativa presidencial. A contestação judicial foi apresentada por cinco empresas e também por um grupo de procuradores estaduais.

As partes envolvidas no processo têm até o início de junho para apresentar novos argumentos, e o Tribunal de Apelações poderá reavaliar a suspensão conforme o andamento do caso. E mais: Funcionários do TSE e STF também podem ser alvo de sanções dos EUA. Clique AQUI para ver. (Foto: reprodução vídeo; Fonte: UOL)

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