Trabalhadores do setor de energia solar protestam contra o Governo Federal e a Cemig

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Na segunda-feira (27/05), trabalhadores de empresas do setor de energia solar realizaram um protesto contra o Governo Federal e a Cemig, alegando falta de interesse do poder público em impulsionar projetos na área.

A manifestação ocorreu em frente ao Minascentro, onde aconteciam as primeiras reuniões preparatórias do G-20 no setor de energia. O local sediava a terceira reunião do Grupo de Trabalho de Transições Energéticas do G20, reunindo executivos das maiores economias do mundo, da União Europeia e da União Africana.

Os profissionais do setor de energia solar apontam que têm enfrentado, há mais de um ano, obstáculos significativos por parte da Cemig. Segundo os manifestantes, essa situação tem prejudicado a expansão da energia solar no estado, com vários projetos parados devido à alegação de inversão de fluxo de potência pela Cemig. Além disso, os trabalhadores protestaram contra a ANEEL (Agência Nacional de Energia Elétrica), cobrando uma posição mais firme contra a Cemig e outras distribuidoras que dificultam o trabalho das empresas do setor.

Wedson Silva, representante da Frente Mineira de Geração Distribuída (FMGD), que reúne empresários e trabalhadores do setor, declarou: “Há um bloqueio para projetos de produção de energia solar”.

O vice-governador de Minas Gerais, Professor Mateus (Novo), que participou da abertura do encontro do G-20, afirmou que o papel essencial da Cemig é na distribuição, não na geração de energia. Ele destacou que Minas Gerais possui 99,5% de geração de energia limpa, contestando a ideia de que não há investimentos nessa área.

O ministro de Minas e Energia, Alexandre Silveira, ressaltou a falta de investimentos das distribuidoras no país para permitir a conexão dos produtores de energia solar ao sistema nacional. Ele pediu à ANEEL que cobrasse esses investimentos das distribuidoras.

A Cemig, em resposta ao portal Canal Solar, afirmou que realiza as conexões conforme a regulamentação da ANEEL, que exige uma análise sobre a possível inversão do fluxo de potência nessas conexões.

A empresa destacou que, quando constatada a inversão de fluxo, a ANEEL determina a adoção de procedimentos específicos para beneficiar todos os consumidores de energia, e que a Cemig cumpre integralmente essas determinações.

A nova reunião do Grupo de Trabalho de Transições Energéticas do G20 teve início nesta segunda-feira (27) e se estenderá por três dias no Minascentro, em Belo Horizonte (MG). E mais: STF decide que União definirá destino de valores obtidos com delações e condenações. Clique AQUI para ver. (Foto: reprodução vídeo; Fontes: O Tempo; Canal Solar)

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