O ex-presidente Michel Temer (MDB) afirmou que a perda de apoio popular enfrentada por Luiz Inácio Lula da Silva (PT) pode influenciar na decisão do petista sobre disputar um novo mandato em 2026.
Em entrevista ao programa Canal Livre, da Band, Temer também avaliou que o atual chefe do Executivo tem deixado de lado uma de suas marcas em gestões anteriores: a construção de pontes com o Congresso Nacional.
“Eu acho que o presidente Lula não tem feito uma coisa que ele fazia muito nos dois primeiros mandatos. Ele dialogava muito com o Congresso Nacional”, disse.
Para o emedebista, o cenário de desaprovação pode pesar na escolha do presidente quanto à possibilidade de concorrer novamente: “Segundo ponto, caiu a popularidade dele, sem dúvida alguma. O que penso fará com que ele medite duas ou três ou dez vezes para ser candidato à Presidência pela quarta vez”.
Ainda durante a entrevista, Temer comentou sobre a configuração do campo político para a próxima eleição presidencial. Para ele, há chances de a direita se articular em torno de um nome único.
“Eu vejo que, nas conversas que eu tive com alguns governadores, eles estão muito dispostos a uma coisa dessa natureza. Se saírem cinco candidatos deste lado e um único candidato do outro lado, é claro que o candidato do outro lado vai ter uma vantagem extraordinária”, avaliou.
As observações do ex-presidente surgem num momento de crescente desgaste do atual governo. Pesquisa divulgada pelo Instituto Paraná Pesquisas no fim de abril apontou que 57,4% dos entrevistados desaprovam a gestão de Lula, o maior índice registrado desde o início deste mandato. Já a aprovação ficou em 39,2%, e 3,4% disseram não saber ou preferiram não responder.
O levantamento confirmou uma tendência que já havia sido sinalizada por outros institutos. Em abril, o Datafolha também mostrou que, embora a popularidade de Lula tenha parado de cair, a reprovação ainda supera a aprovação. E mais: Na China, Lula compara sua eleição à revolução comunista. Clique AQUI para ver. (Foto: reprodução vídeo; Fonte: Estadão)
