O governo Lula anunciou que impôs sigilo às informações a respeito de visitas a Lula e Alckmin no Palácio do Alvorada. O argumento é garantir a segurança do chefe do executivo e sua família. A informação foi revelada pelo portal Metrópoles e posteriormente confirmada por outros veículos de imprensa.
Entretanto, o Executivo retirou, há poucos meses, o mesmo sigilo impostos pelo governo Jair Bolsonaro (PL), inclusive sobre as visitas recebidas pela ex-primeira-dama Michelle Bolsonaro.
“Os registros de acessos nas Residências Oficiais da Presidência da República, a partir de 1º de janeiro de 2023, possuem classificação sigilosa no grau reservado”, justificou o GSI (Gabinete de Segurança Institucional). Nessa classificação, de acordo com a lei citada pelo ministério, estão as informações “que puderem colocar em risco a segurança do presidente e vice-presidente da República e respectivos cônjuges e filhos”.
O GSI também cita uma recomendação da CGU(Controladoria-Geral da União) do início do ano, sobre sigilo a documentos da administração pública.
A pasta prevê que os acessos às residências oficiais tanto de Lula quanto de Geraldo Alckmin, vice-presidente, devem ficar sob sigilo por conterem informações que podem revelar “aspectos da intimidade e vida privada das autoridades públicas e de seus familiares”.
A secretaria de comunicação do governo Lula diz que não há incoerência em quebrar o mesmo sigilo do governo anterior (inclusive o da ex-primeira-dama) : “A classificação realizada pelo Gabinete de Segurança Institucional da Presidência da República (GSI) dos registros de acesso ao Palácio da Alvorada como reservado é adotada como medida de segurança. Os dados das agendas são divulgados somente após o mandato, como aconteceu com as informações relacionadas ao ex-presidente. Portanto, não há qualquer incoerência. Cabe informar que o assunto está em análise no Tribunal de Contas da União”, afirma o texto.