O volume de serviços prestados no país cresceu 0,7% em agosto na comparação com julho. O resultado ocorre depois de crescimento de 1,3% no mês anterior e é a quarta alta consecutiva. O ganho acumulado no período é de 3,3%. O resultado vem mais de três vezes acima do que era esperado pelo mercado financeiro. Confira na análise do economista Samy Dana, da Jovem Pan.
Na comparação com agosto do ano passado, o volume do setor de serviços registrou alta de 8%, sendo a décima oitava taxa positiva seguida desse indicador, na série sem ajuste sazonal. O acumulado do ano chegou a 8,4% e o acumulado nos últimos doze meses passou de 9,6% em julho para 8,9%.
Altas
Entre as cinco atividades pesquisadas, três seguiram o resultado positivo do índice geral: outros serviços, serviços prestados às famílias e atividades turísticas. Os destaques foram outros serviços (6,7%), que no mês anterior, apresentou queda de 5% no volume, e as atividades de informação e comunicação (0,6%).
“Esse resultado positivo vem após uma queda, o que não é incomum especialmente no setor de serviços financeiros auxiliares, que teve maior influência sobre esse avanço e também sobre a retração do mês anterior”, comentou o analista da pesquisa, Luiz Almeida.
Os serviços prestados às famílias cresceram 1%, o que representa o sexto mês consecutivo de avanço. Nesse período, o ganho acumulado é de 10,7%. Mesmo assim, o setor ainda está 4,8% abaixo do patamar pré-covid. De acordo com o pesquisador, isso pode ser explicado pelo fato do setor ter sido o mais afetado durante a pandemia.
“Com o retorno das atividades presenciais, a queda das restrições e a diminuição do desemprego, ele vem reduzindo as perdas, mas ainda não chegou ao nível de fevereiro de 2020. Durante a pandemia, o setor chegou a ficar cerca de 67% abaixo do seu patamar recorde, atingido em maio de 2014”, contou.
Ainda em agosto, o índice de atividades turísticas subiu 1,2%, sendo o segundo resultado positivo consecutivo. O setor opera 0,1% acima do patamar pré-pandemia. Minas Gerais (3,9%), São Paulo (0,6%) e Pernambuco (0,8%) foram os três dos 12 locais pesquisados para esse indicador que cresceram. As principais quedas foram no Rio Grande do Sul (-6,0%) e Santa Catarina (-6,0%).
Queda e estabilidade
Em sentido contrário, após três meses consecutivos de crescimento, os transportes recuaram 0,2% em agosto. “O setor de transportes tinha um aumento acumulado de 4% entre maio e julho e está 20% acima do nível pré-pandemia e 0,2% abaixo do ponto mais alto da série, que foi justamente no mês anterior. Essa leve queda parece mais uma acomodação do setor”, avaliou. Já o segmento dos serviços profissionais, administrativos e complementares ficou estável e sem variação no mês de referência, após o recuo de 1,1% em julho.
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