Segundo o governo Maduro, os eleitores venezuelanos aprovaram, em referendo nesse domingo (3), a transformação do território de Essequibo em um estado da Venezuela. A região é aproximadamente 70% de todo o território da Guiana.
Houve baixo comparecimento à votação. 10 milhões dos 20 milhões de eleitores da Venezuela votaram, segundo o próprio governo. Também houve relatos por parte da oposição de que estudantes do Ensino Médio, menores de idade, foram retidos em escolas e obrigados a votar. O governo Maduro ainda uma campanha oficial contra o referendo, ao contrário da publicidade que o regime de Maduro deu para o lado favorável à consulta pública
Segundo o Conselho Nacional Eleitoral (CNE) venezuelano, 10,5 milhões de eleitores participaram do referendo, dos quais 95,93% aceitaram incorporar oficialmente Essequibo ao mapa do país e conceder cidadania e documento de identidade aos mais de 120 mil guianenses que vivem no território. Apenas 4,07% discordaram da proposta.
Essa foi a última das cinco perguntas feitas pelo referendo nacional. Nenhuma delas, segundo o CNE, teve menos de 95% de aprovação, de acordo com o conselho.
A primeira pergunta, sobre rechaçar, por todos os meios legais, a atual fronteira entre os dois países, teve 97,83% de aprovação. A segunda, sobre reconhecer o Acordo de Genebra, de 1966, como único instrumento para resolver a controvérsia, recebeu apoio de 98,11%.
A terceira, sobre não reconhecer a jurisdição da Corte Internacional de Justiça, em Haia, como definido pela Organização das Nações Unidas (ONU), para resolver a questão, foi a que teve menos aprovação: 95,4%.
Na quarta pergunta, sobre opor-se, por todos os meios legais, ao uso dos recursos do mar pela Guiana enquanto a questão da fronteira não for definitivamente resolvida, recebeu o “sim” de 95,94%.
“Foi uma grande jornada eleitoral histórica de consulta, que coroa uma vitória esplendorosa com cinco respostas contundentes do povo nobre que reafirma que a Guiana Essequiba é da Venezuela. Sim pela paz, sim pelo respeito à soberania, sim ao diálogo, sim à nossa luta histórica e sim à pátria independente”, escreveu o presidente venezuelano, Nicolás Maduro, em suas redes sociais.
A Guiana considera o referendo “provocativo, ilegal, inválido e sem efeito legal internacional” e afirma que não tem dúvidas sobre a validade do Laudo Arbitral de 1899, que estabeleceu a atual fronteira entre os dois países.
Nas redes sociais, Nicolás Maduro escreveu: “um sucesso total na democracia e com uma participação histórica, é uma vitória esmagadora com a coragem e patriotismo de todos os venezuelanos e venezuelanos que aderiram ao Referendo Consultivo. Missão cumprida, Venezuela!”
Ele também compartilhou até um vídeo com imagens de apoio ao referendo. “Partilho este lindo vídeo do que foi este grande dia eleitoral histórico de consulta que coroa uma vitória esplendorosa com 5 respostas contundentes do povo nobre que reafirma que a Guiana Esequiba é da Venezuela. Sim pela Paz, Sim pelo respeito pela soberania, Sim ao diálogo, Sim à nossa luta histórica e Sim à pátria independente. Parabéns, Venezuela!”
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