Famosa rede varejista pede recuperação judicial pela 2ª vez nos EUA

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A operadora da Forever 21 nos Estados Unidos formalizou, no último domingo (16), seu segundo pedido de falência em seis anos, protocolado em um tribunal de Delaware.

A empresa atribui o colapso à intensa concorrência de varejistas internacionais de fast fashion, como as chinesas Shein e Temu, que dominaram o mercado online. O anúncio sinaliza o fim de uma trajetória marcante para a marca, que popularizou o conceito de moda rápida entre adolescentes americanos.



Operações em Transição
Em comunicado oficial, a Forever 21 garantiu que suas lojas físicas e plataforma digital nos EUA seguirão funcionando temporariamente, atendendo clientes enquanto realiza um “encerramento ordenado” de suas atividades no país.

A estratégia inclui promoções de liquidação nas unidades e a busca por compradores interessados em adquirir parte ou a totalidade de seus ativos.



“Não conseguimos encontrar um caminho sustentável para o futuro, dada a concorrência de empresas estrangeiras de fast fashion… bem como o aumento dos custos, os desafios econômicos que impactam nossos principais clientes e as tendências de consumo em evolução”, declarou Brad Sell, diretor financeiro da companhia.

Concorrência e Mudanças no Mercado
O pedido de falência, enquadrado no Capítulo 11 – mecanismo comum nos EUA para reestruturação de empresas em crise –, reflete a dificuldade da Forever 21 em competir com gigantes do e-commerce chinês, que ganharam força durante a pandemia.

Além disso, as tarifas impostas pelo governo de Donald Trump às importações da China encareceram os custos da varejista, sensível a essas oscilações por seu modelo de produção em massa de roupas baratas e descartáveis.

“A Forever 21 não se ajudou nesses desafios: o merchandising e o sortimento foram fracos, e a marca não teve nenhum ponto de vista claro por um longo tempo”, analisou Neil Saunders, da GlobalData Retail, destacando a perda de relevância da marca entre os jovens.



Histórico de Crises
Esta não é a primeira vez que a Forever 21 recorre à proteção contra falência. Em 2019, também sob o Capítulo 11, a empresa fechou 200 lojas após registrar dificuldades financeiras.

Na ocasião, um consórcio formado pela Simon Property Group, Brookfield Properties e Authentic Brands Group adquiriu a marca por US$ 81 milhões, permitindo sua sobrevivência com uma operação reduzida. Contudo, a recuperação foi insuficiente para reverter o declínio. Hoje, a rede opera “mais de 540 locais globalmente e online”, número bem inferior aos 800 pontos que mantinha antes da primeira crise.

“O resultado líquido é que mais e mais clientes, especialmente aqueles no segmento mais jovem do mercado, a abandonaram”, completou Saunders. E mais: Cidadezinha de apenas 30 anos é eleita a melhor do Brasil para se viver. Clique AQUI para ver. (Foto: reprodução vídeo; Fonte: CNN)

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