Conforme levantamento realizado pela consultoria Plano CDE a pedido do Grupo Alibaba, proprietário do AliExpress, aproximadamente 66% dos consumidores desistiram de suas compras após a implementação da taxação para compras internacionais acima de US$ 50, estabelecida pelo programa Remessa Conforme, criado durante o governo Lula.
A pesquisa, divulgada pela Folha de São Paulo nesta segunda-feira (5), revela que a maioria dos consumidores que desistiram das compras pertence às classes C, D e E. Além disso, 75% dos entrevistados manifestaram-se contrários ao aumento de impostos em plataformas de e-commerce.
O levantamento ainda destacou que 87% dos participantes acreditam que a medida mais apropriada seria a redução dos impostos sobre produtos internacionais. Esses dados surgem em um contexto em que varejistas e fornecedores têm exercido pressão sobre o governo Lula para eliminar a isenção de impostos sobre produtos de até US$ 50.
Na semana passada, quase 50 entidades brasileiras da indústria e do varejo assinaram um manifesto denunciando a demora “injustificável” do governo em analisar o retorno do imposto.
Em setembro do ano passado, ao receber a certificação do programa ‘Remessa Conforme’, o AliExpress emitiu um comunicado alertando sobre a mudança na taxação dos produtos. Esse comunicado contrariou as previsões do ministro da Fazenda, Fernando Haddad, e da primeira-dama, Janja, que afirmavam que a taxação de importados não seria repassada ao consumidor final.
Em entrevista à portal ‘Gazeta do Povo’ na época, o porta-voz do AliExpress no Brasil, Felipe Daud, mencionou que o valor do imposto sobre importados poderia atingir até 92% em compras acima de 50 dólares. Para as demais, ou seja, abaixo deste valor, o vice-presidente Geraldo Alckmin afirmou no ano passado que o objetivo do governo é tributar essa categoria também. E veja também: BNDES aprova empréstimo de R$ 500 milhões para Volkswagen desenvolver carros elétricos. Clique AQUI para ver. (Foto: IA; Fontes: Folha de SP; Gazeta do Povo)