“O rumo dos EUA para o domínio do Oceano Mundial e a crescente atividade da OTAN são grandes ameaças à segurança da Rússia”. É o que diz a nova Doutrina Marítima aprovada pelo presidente russo Vladimir Putin nesse domingo (31). O novo documento foi publicado no portal de informações jurídicas do governo russo.
“Os principais desafios e ameaças à segurança nacional e ao desenvolvimento sustentável da Federação Russa relacionados ao Oceano Mundial são: o curso estratégico dos EUA para o domínio do Oceano Mundial e sua influência global nos processos internacionais, incluindo aqueles relacionados ao uso de vias de transporte e recursos energéticos do Oceano Mundial”, diz o relatório.
A nova doutrina também identifica a “expansão” da infraestrutura militar da OTAN para as fronteiras russas e o crescente número de exercícios do bloco militar nos mares adjacentes ao território russo como grandes “ameaças à segurança”.
A nova doutrina, segundo Putin. aponta para as tentativas dos Estados Unidos e seus aliados de limitar o acesso da Rússia aos recursos do Oceano Mundial e vias de transporte marítimo de vital importância e o desejo dos EUA de alcançar a supremacia esmagadora de sua Marinha.
Assim, a nova “Doutrina Marítima da Rússia” estipula o aumento das atividades no Ártico, sugere o documento. “A nova doutrina prevê “diversificar e intensificar a atividade marítima nos arquipélagos de Spitsbergen, Franz Josef Land e Novaya Zemlya e na ilha Wrangel”.
A Rússia aumentará as capacidades operacionais da Marinha para garantir a segurança nacional e proteger seus interesses no Oceano Mundial, conforme segue a nova Doutrina Marítima. “Os objetivos estratégicos da política marítima nacional são os seguintes: aumentar as capacidades operacionais (de combate) da Marinha para garantir a segurança nacional da Federação Russa e proteger seus interesses nacionais no Oceano Mundial”, diz o documento.
Outro objetivo estratégico russo é aumentar a eficiência da defesa e proteção das fronteiras marítimas estatais da Federação Russa, diz o documento.
A nova Doutrina Marítima estipula, também, o “desenvolvimento da indústria de construção naval no Extremo Oriente, em particular, para a construção de porta-aviões”, conforme segue do documento.
“Desenvolver uma indústria de construção naval moderna e de alta tecnologia no Extremo Oriente, projetada para construir navios de grande tonelagem (em particular, para o desenvolvimento do Ártico) e porta-aviões avançados para a Marinha”, diz o documento.
“A expansão da OTAN para as fronteiras russas é inaceitável nas relações de Moscou com o bloco militar”, reclama a nova Doutrina Marítima.
“Os planos da OTAN de mover sua infraestrutura militar para perto das fronteiras russas e as tentativas da aliança de assumir funções globais continuam sendo inaceitáveis para a Federação Russa e continuam sendo um fator determinante em suas relações com a OTAN”, diz o documento.
Segundo a doutrina, a política marítima nacional da Rússia na região atlântica é moldada levando em consideração a existência da OTAN cuja atividade “visa o confronto direto com a Federação Russa e seus aliados”.
Veja imagens da Marinha russa
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