O prejuízo absurdo ao setor elétrico gerado pelos furtos

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Um relatório divulgado nessa sexta-feira (14) pela Agência Nacional de Energia Elétrica (Aneel) revelou que as chamadas perdas não técnicas — causadas principalmente por furtos de energia, fraudes em medidores e falhas nos sistemas de medição e faturamento — provocaram um prejuízo estimado de R$ 10,3 bilhões às distribuidoras de energia em 2024. O valor representa um aumento em relação a 2023, quando essas perdas somaram R$ 9,97 bilhões.

As distribuidoras Light, no Rio de Janeiro, e Amazonas Energia, no Amazonas, concentram sozinhas 34,1% dessas perdas.

De acordo com o relatório, as dez empresas com os maiores índices de perdas não técnicas são responsáveis por 74% do total nacional. Os problemas são mais comuns no fornecimento de baixa tensão, onde o controle é mais difícil e as ligações clandestinas são mais frequentes.

Apesar de não haver sanções diretas por parte da Aneel às distribuidoras que não atingem as metas de redução dessas perdas, a agência limita o quanto desse prejuízo pode ser repassado aos consumidores na conta de luz. Assim, as concessionárias são incentivadas a investir em ações de combate às fraudes, já que parte do prejuízo precisa ser absorvido pelas próprias empresas.

Ainda assim, os clientes que pagam corretamente pela energia continuam arcando com parte do custo. Em 2024, as perdas reconhecidas como “eficientes” foram incorporadas às tarifas, somando R$ 7,1 bilhões — o que equivale a 2,85% da receita requerida pelas distribuidoras e cerca de 9,2% da chamada “Parcela B”, que cobre despesas operacionais.

O relatório também apontou que as perdas técnicas — aquelas que ocorrem naturalmente durante o transporte e transformação da energia elétrica — chegaram a R$ 11,2 bilhões no ano. Diferentemente das perdas não técnicas, essas são inevitáveis, mas são calculadas e compensadas dentro de parâmetros definidos pela Aneel.

As grandes distribuidoras, que operam em mercados superiores a 700 GWh, são as que mais registram perdas não técnicas, especialmente por atuarem em áreas extensas e com redes de maior complexidade. (Foto: PixaBay; Fonte: O Globo)

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