Preço do ouro bate recorde em meio a tensões nos EUA

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Diante da crescente instabilidade econômica e das críticas inflamadas do ex-presidente Donald Trump ao Federal Reserve, investidores do mundo inteiro voltaram seus olhos para o ouro nesta terça-feira (22), elevando seu valor a um novo recorde histórico: a onça ultrapassou os US$ 3.500 no mercado à vista.

A valorização do metal precioso ocorre em meio ao agravamento das tensões provocadas pela guerra comercial dos Estados Unidos e pelas declarações de Trump contra Jerome Powell, presidente do Fed.

O cenário de incertezas levou os mercados a um dia turbulento: ações foram liquidadas, títulos do Tesouro norte-americano vendidos em larga escala e o dólar perdeu força frente às principais moedas internacionais.

Considerado um ativo de refúgio em momentos de crise, o ouro acumula valorização superior a 30% desde o início do ano. Para os analistas da RBC Capital Markets, “o ouro voltou a atingir outro recorde, com sua reputação de porto seguro brilhando intensamente”.

Eles acrescentam: “Com a incerteza relacionada à independência do Fed, o ouro continua a se beneficiar como um porto seguro, e não vinculado ao dólar americano”.

O impulso mais recente na cotação teve início no começo de abril, quando as medidas protecionistas do governo Trump despertaram receios generalizados entre os investidores. Desde então, o ouro tem mantido uma trajetória de alta.

Enquanto isso, o índice futuro do S&P 500 apontava para uma leve recuperação na abertura do pregão em Nova York, embora os mercados asiáticos e europeus continuassem operando em queda.

O dólar, que já vinha se desvalorizando na segunda-feira, manteve um comportamento instável nesta terça, recuando em relação ao iene, oscilando frente ao euro e acumulando uma sequência de dez dias de baixa frente à libra esterlina.

Caso registrasse mais uma queda, essa seria a série mais longa desde 1971, segundo dados da Bloomberg. Já o rendimento dos títulos do Tesouro de dez anos subiu ligeiramente, alcançando 4,41%. E mais: Brasil ocupa 3º lugar em número de cardeais com direito a voto no conclave. Clique AQUI para ver. (Foto: PixaBay; Fonte: Estadão)

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