O que já se sabe sobre ponte flagrada por satélite entre Coreia do Norte e Rússia

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magens captadas por satélite revelaram o que parece ser o começo da edificação de uma estrutura que ligará a Rússia à Coreia do Norte, conforme divulgado pela emissora Free Asia.

As fotografias, obtidas pela empresa sul-coreana SI Analytics, mostram os primeiros sinais da obra no dia 3 de março, às margens do rio Tumen, na região nordeste da fronteira norte-coreana.

Nos registros, é possível identificar materiais de construção em tons amarelados e “prováveis colunas de uma ponte” sendo posicionadas sobre o curso d’água. De acordo com a análise da SI Analytics, as imagens indicam o “início da preparação” para o empreendimento.



A estrutura planejada terá 830 metros de extensão — sendo 530 metros no território norte-coreano e 300 metros no lado russo — e uma largura de 10 metros.

Além disso, uma nova rodovia será erguida logo após o término da ponte no lado da Coreia do Norte. A obra foi uma iniciativa do governo russo, que delegou à companhia TonnelYuzhStroi a responsabilidade pelo projeto e execução. Segundo a agência de notícias Interfax, a ponte contará com duas pistas para tráfego e tem previsão de conclusão para o fim de 2026.

Os trabalhos devem se intensificar a partir do final de março, aproveitando a chegada da primavera no Hemisfério Norte, que trará temperaturas mais amenas e o degelo do rio Tumen.



O pacto entre os dois países foi formalizado em junho do ano passado, durante um encontro em Pyongyang entre o líder norte-coreano Kim Jong-un e o presidente russo Vladimir Putin. A construção complementa um tratado pré-existente de defesa mútua, conforme reportou o jornal Korea Herald.

A nova ligação terrestre pode intensificar a colaboração da Coreia do Norte no conflito da Ucrânia. Relatos da Free Asia apontam que Pyongyang já enviou 12 mil militares para apoiar as forças russas, embora essa informação não tenha sido oficialmente confirmada pelos governos. A ponte poderia agilizar o transporte de tropas e equipamentos bélicos entre as nações.

Analistas também enxergam na obra um potencial para ampliar o comércio e o turismo, além de reforçar a presença de Moscou na Ásia Oriental. Será a primeira conexão terrestre fixa entre os dois países, que até agora dependem exclusivamente de uma ferrovia. Rotas por terra têm capacidade de movimentar um volume muito maior de mercadorias e pessoas em comparação com trilhos.



“Se uma ponte for construída entre a Coreia do Norte e a Rússia, o volume de bens transportados será muito maior e mais rápido”, afirmou Joung Eunlee, pesquisador do Instituto de Unificação Nacional da Coreia do Sul, em entrevista à RFA.

No entanto, o sucesso do projeto também está atrelado ao papel da China, principal parceira comercial da Coreia do Norte atualmente.

Segundo Kim Young-hee, do Instituto de Estudos Norte-Coreanos da Universidade Dongguk, em declarações à imprensa sul-coreana, Pequim oferece, por ora, uma relação econômica mais vantajosa a Pyongyang do que Moscou. Assim, a influência chinesa pode ser um fator determinante para o futuro da ponte. E veja AQUI as últimas notícias de hoje. Clique AQUI e nos apoie! (Foto: reprodução; Fonte: UOL)

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