Policia Civil do Paraná conclui relatório e descarta motivação política em morte de petista

direitaonline



A Polícia Civil do Paraná concluiu que não houve motivação política no assassinato do tesoureiro do PT em Foz do Iguaçu, no Paraná. Assim, Jorge Guaranho foi indiciado por homicídio duplamente qualificado, por motivo torpe e causar perigo comum, de acordo com a delegada Camila Cecconello.

“É complicado dizer que o autor queria impedir de exercer os direitos políticos da vítima. Para você enquadrar em crime político, tem que enquadrar em alguns requisitos”, declarou. “A gente avalia que, quando ele chegou ao local, ele não tinha a intenção de fazer disparos, [ele] tinha a intenção de provocar. A escalada da discussão acabou fazendo com que o autor voltasse e praticasse o homicídio. Parece mais uma coisa que acabou virando pessoal entre duas pessoas que discutiram por motivação política. Fica claro que houve provocação e discussão em razão das opiniões políticas”, afirmou Cecconello.

A delegada Camila afirmou que Guaranho atirou contra Marcelo por ter se sentindo ofendido, já que o petista jogou um punhado de terra e pedra contra o carro dele, após provocação política. A delegada também explicou que “segundo os depoimentos, que é o que temos nos autos, ele voltou porque se sentiu ofendido com essa escalada da discussão, com esse acirramento da discussão entre os dois”.

Conforme a delegada Iane Cardoso, a Polícia Civil também abriu um inquérito para apurar as agressões sofridas por Jorge Guaranho após ele atirar contra Marcelo Arruda. Três pessoas são investigadas pelo caso. A polícia também aguarda um laudo pericial para determinar a gravidade das agressões sofridas pelo policial penal federal.

A história oficial pela Polícia Civil
De acordo com a Polícia Civil, o policial penal estava em um churrasco quando soube que a festa de aniversário Marcelo ocorria na associação. Ele foi informado por outra pessoa que tinha acesso às câmeras de segurança do local. Segundo a delega, Guaranho, sem fazer comentários sobre o evento, saiu do churrasco e foi para a festa de aniversário de Marcelo para fazer uma provocação. Testemunhas disseram que ele chegou em um carro com a esposa e um bebê. Além disso, o carro do atirador tocava uma música de apoio ao presidente Jair Bolsonaro (PL).

No local, uma discussão iniciou. A delegada afirmou que testemunhas relataram que Marcelo jogou um punhado de terra contra o veículo de Guaranho. Depois disso, ele deixou a associação.

A Polícia Civil concluiu, com base nos depoimentos, que Guaranho retornou tempo depois por ter se sentido humilhado. Quando voltou, o porteiro da associação tentou impedir que ele entrasse no local a pedido dos participantes da festa.

Camila afirmou que Guaranho fez quatro disparos, dos quais dois atingiram Marcelo. Por outro lado, o petista atirou 10 vezes, acertando quatro tiros contra o policial. Além disso, o inquérito aponta que Marcelo tinha se armado para se defender, sabendo do provável retorno de Guaranho.

“A vítima pega a sua arma de fogo como proteção de um eventual retorno do autor. E a vítima aponta a arma de fogo quando vê a volta do autor, porque já sabia que o autor estava armado. Então, é uma atitude natural da vítima querer se defender.”


Fontes: Poder360; G1

Gostou? Compartilhe!
Next Post

Passou vergonha: Guga Noblat inventa história sobre Bolsonaro e é desmentido ao vivo

Nesta sexta-feira (15), Guga Noblat foi desmentido ao vivo no programa Morning Show, da Jovem Pan, pelo próprio apresentador, Paulo Mathias. O tema do debate era a posição da juíza do Rio Grande do Sul de considerar “propaganda eleitoral” o uso da bandeira do Brasil. Durante as conversas, Guga falou […]